Entre altos e baixos, julho ainda foi positivo para preços do café nas bolsas e no Brasil

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    Porto Alegre, 02 de agosto de 2024 – O mercado de café teve muita volatilidade ao longo de julho. Entre seus altos e baixos, o mês ainda foi positivo para as cotações do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), para o robusta em Londres e também no Brasil.

Como aspecto altista, preocupações com a oferta global se mantiveram. A oferta do Vietnã, maior produtor mundial de robusta, seguiu restrita e continuaram as apreensões em relação à safra 2024/25 do país, em função de clima seco. Melhoras climáticas, com chuvas registradas, reduziram os temores ao longo de julho.

O Brasil também deu suporte aos preços diante das indicações e revisões de safra 2024/25, que colocaram a produção abaixo das expectativas iniciais. Por outro lado, como aspecto baixista do Brasil, segue o ritmo muito forte dos embarques, após o país encerrar a temporada 2023/24 (julho/junho) com recorde.

As instabilidades do mercado financeiro mexeram bastante com o café em julho. As oscilações do dólar, do petróleo e de outros indicadores trouxeram volatilidade ao café nas bolsas.

    No balanço mensal de julho, na Bolsa de NY, o contrato setembro acumulou uma alta de 1,1%, saindo de 226,80 centavos de dólar por libra-peso ao final de junho para 229,20 centavos no dia 31 de julho. Em Londres, a alta do robusta foi mais significativa em julho, de 6,2%.

No Brasil, o mercado acompanhou o movimento das bolsas e do dólar. O dólar comercial avançou e no balanço de julho acumulou valorização de 1,1%. O café arábica bebida boa no sul de Minas Gerais acumulou elevação de 6,7% em julho, passando de R$ 1.340,00 para R$ 1.430,00 a saca na base de compra. O conilon tipo 7, em Vitória, Espírito Santo, acumulou em julho alta de 7,0%, encerrando em 31 de julho em R$ 1.290,00 a saca.

Como destacou a Safras Consultoria, o produtor brasileiro gerencia o seu fluxo de comercialização com mais tranquilidade, de olho em novas oportunidades com o dólar e a bolsa. Os cafeicultores mostram estar bem capitalizados e aparecem mais para os negócios apenas quando bolsa e câmbio favorecem.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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