Porto Alegre, 24 de maio de 2024 – O período de entressafra no Brasil tem tirado liquidez das praças de comercialização e descolando o mercado interno de algodão da Bolsa de Nova York. Como foi percebido ao longo desta semana, enquanto o valor no referencial nova-iorquino teve ganhos, o preço doméstico manteve a base da quinta-feira (16) da semana passada. Nos últimos dias, saíram alguns negócios nominais para entrega no segundo semestre entre produtor e trading, informou a Safras Consultoria.
Já a indústria local seguiu trabalhando da mão para boca, com interesse para até 8 dias posto na fábrica do Sudeste. A ideia na quinta-feira (23) para o algodão no CIF de São Paulo ficou na casa de R$ 3,87 por libra-peso sem ICMS, o mesmo valor de uma semana atrás. O algodão negociado no porto FOB exportação de Santos ficou cotado a 72,47 centavos de dólar/libra-peso ante 72,78 centavos de dólar/libra-peso da quinta, 16 de maio, uma desvalorização de 0,42%.
Diante dos atuais níveis de preços da pluma, o prêmio do algodão brasileiro na Bolsa de Nova York contra o contrato Julho/24 ficou negativo em 9,25 centavos/libra-peso. Há uma semana era -3,46 centavos/libra-peso contra ICE US.
Exportações brasileiras
As exportações brasileiras de algodão somaram 141,390 mil toneladas em maio (12 dias úteis), com média diária de 11.782 toneladas. A receita com as vendas ao exterior totalizou US$ 277,181 milhões, com média de US$ 23,098 milhões. As informações são do Ministério da Economia.
Em relação à igual período do ano anterior, houve avanço de 329,70% no volume diário exportado (2,741 mil toneladas diárias em maio de 2023). Já a receita diária teve acréscimo de 357,2% (US$ 5,052 milhões diários em maio de 2023).
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Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Safras News
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