Porto Alegre, 20 de maio de 2024 – O alagamento de silos usados para armazenagem pode fazer com que os grãos dentro das unidades produzam gases inflamáveis que podem provocar explosão. O alerta foi feito pela Kepler Weber, que tem fábrica em Panambi, no Rio Grande do Sul.
Segundo a empresa, como o grão é um ser vivo, o contato com a água eleva a umidade e faz com que o produto, em decomposição, produza os gases.
“As unidades de armazenagem são compostas por estruturas metálicas e também por componentes elétricos, que podem produzir faíscas e ativar uma explosão”, afirma Marcelo Jungbeck, especialista em cálculo estrutural da companhia.
Além de explosões, os gases representam risco direto à saúde. “Estes gases podem não ter cheiro, em algumas situações, mas provocam desmaios quando inalados, com grande risco de acidente fatal, especialmente em ambientes confinados”, explica Klaus Schemmer, gerente comercial da Kepler Weber.
Vistoria gratuita
O Estado do Rio Grande do Sul concentra a maior quantidade de unidades de armazenagem do Brasil. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), são 4,8 mil armazéns. Ainda não há dados de quantas unidades foram afetadas, mas a situação de calamidade do Estado levou a Kepler Weber a oferecer, por 60 dias, um serviço gratuito de vistoria nos silos da marca.
“É uma assistência que só podemos oferecer aos nossos clientes, porque depende do memorial de cálculo do projeto que apenas o fabricante tem”, explica Bernardo Nogueira, CEO da Kepler Weber, que destaca a importância de uma avaliação de engenheiro de todas as unidades afetadas pela água. “Estamos reforçando nossas equipes no Estado para garantir atendimento aos agricultores afetados pelos alagamentos”.
Outras recomendações
Isole o local onde está instalada a unidade de armazenagem. O alagamento pode provocar aumento de volume dos grãos, pressionando a estrutura da unidade e podendo causar um colapso.
Antes de qualquer intervenção na unidade, solicite a vistoria de um engenheiro responsável.
Não remova chapas laterais do silo. Isso pode comprometer a estrutura da unidade e provocar um desabamento.
A extração do grão deve ser feita pela parte superior do silo, sempre após análise de um especialista.
As informações são da assessoria de imprensa.
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Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência Safras
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