Porto Alegre, 10 de maio de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços de estáveis a mais baixos durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o cenário é de acomodação das cotações. “Os custos de nutrição animal permaneceram controlados, consequência do recente comportamento dos preços do milho e do farelo de soja”, pontuou.
Em relação ao Rio Grande do Sul, Iglesias destaca que o quadro traçado para a avicultura de corte gaúcha é turbulento, com grandes problemas de ordem estrutural, em um momento muito delicado para o setor. “Ainda é impossível mensurar a dimensão dos prejuízos causados pelas fortes chuvas no estado”, ressalta.
“O ambiente de negócios no mercado atacadista ainda sugere pela alta dos preços no curto prazo, em linha com o bom potencial de consumo em meio a entrada dos salários na economia, somado ao adicional de consumo durante o Dia das Mães. Desta forma, a expectativa é de recuperação dos preços ao longo da cadeia produtiva”, afirma o analista.
Por fim, Iglesias conclui que as exportações seguem em alto nível, com grande volume previsto para o restante do ano, e que o grande problema permanece nos preços pagos pela carne de frango no mercado internacional, assim como das demais proteínas.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve baixa de R$ 9,80 para R$ 9,60, o quilo da coxa seguiu em R$ 6,40 e o quilo da asa em R$ 9,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 10,00 para R$ 9,80, o quilo da coxa continuou em R$ 6,60 e o quilo da asa em R$ 10,10.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito recuou de R$ 9,90 para R$ 9,70, o quilo da coxa teve estabilidade de R$ 6,50 e o quilo da asa de R$ 10,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve desvalorização de R$ 10,10 para R$ 9,90, o quilo da coxa ficou em R$ 6,70 e o quilo da asa em R$ 10,20.
O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,85, e em São Paulo, em R$ 4,80.
Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, os preços continuaram em R$ 4,70.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango ficou em R$ 4,70, em Goiás em R$ 4,75 e, no Distrito Federal, em R$ 4,80.
Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 6,00, no Ceará em R$6,10 e, no Pará, em R$ 6,00.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 817,044 milhões em abril (22 dias úteis), com média diária de US$ 37,138 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 453,012 mil toneladas, com média diária de 20,591 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.803,60.
Em relação a abril de 2023, houve alta de 6% no valor médio diário, avanço de 11,1% na quantidade média diária e recuo de 4,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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