Produção industrial avança 0,9% em março ante fevereiro; projeção era de +1,2% – IBGE

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São Paulo, 3 de maio de 2024 – A produção industrial brasileira teve alta de 0,9% em março ante fevereiro, depois de ter recuado 0,3% no mês imediatamente anterior. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço foi menor que o previsto, de +1,2%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA. Já em relação a março de 2023, houve queda de 2,8% ante estimativa de -3,0% coletada pela CMA.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 0,7% em março, reduzindo a intensidade de crescimento em relação ao resultado de fevereiro (1,0%).

Duas das quatro grandes categorias econômicas e somente 5 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram avanço na produção. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por produtos alimentícios (1,0%), produtos têxteis (4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%) e indústrias extrativas (0,2%).

Por outro lado, entre as 20 atividades que apontaram recuo na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,3%) exerceram os principais impactos em março de 2024. Vale destacar também os recuos assinalados pelos ramos de produtos químicos (-2,0%), de metalurgia (-2,6%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,8%), de produtos diversos (-9,7%), de bebidas (-3,3%), de couro, artigos para viagem e calçados (-6,0%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,5%), de produtos de minerais não metálicos (-3,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de produtos de metal (-2,6%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (1,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) assinalaram as taxas positivas em março de 2024. Por outro lado, bens de consumo duráveis (-4,2%) e bens de capital (-2,8%) registraram os resultados negativos nesse mês.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria teve variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em março de 2024 frente ao nível do mês anterior, interrompendo, dessa forma, a trajetória predominantemente ascendente iniciada em fevereiro de 2023.

Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários, ao recuar 0,8%, assinalou o único resultado negativo nesse mês e intensificou a queda de 0,6% registrada em fevereiro.

Por outro lado, o setor de bens de capital (3,5%) apontou o crescimento mais acentuado neste mês, após também avançar em fevereiro (3,9%) e janeiro de 2024 (2,4%). Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) e de bens de consumo duráveis (0,1%) também assinalaram resultados positivos em março de 2024, com o primeiro avançando após mostrar variação nula (0,0%) por três meses consecutivos, e o segundo permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2023.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou recuo de 2,8% em março de 2024, com resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, em 17 dos 25 ramos, 61 dos 80 grupos e 61,3% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que março de 2024 (20 dias) teve três dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (23).

Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos químicos (-8,1%), máquinas e equipamentos (-12,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-15,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-16,1%).

Por outro lado, entre as oito atividades que apontaram expansão na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%) e indústrias extrativas (1,6%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria. Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos setores de celulose, papel e produtos de papel (4,2%) e de outros equipamentos de transporte (7,7%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (-10,5%) assinalou, em março de 2024, a redução mais acentuada. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (-6,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-3,2%) também mostraram recuos mais elevados do que a média nacional (-2,8%), enquanto o segmento de bens intermediários (-1,4%) registrou a queda menos intensa.

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Paulo Holland / Safras News

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