PIB do Brasil deve crescer 1,9% em 2024 e 2,1% em 2025 – OCDE

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São Paulo, 2 de maio de 2024 – O relatório Economic Outlook da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado hoje indica um crescimento do PIB do Brasil em 1,9% em 2024 e de 2,1% em 2025. Segundo a organização, o consumo das famílias impulsionará o crescimento, com aumento do emprego, do salário mínimo e inflação diminuindo. O investimento privado continuará fraco devido à incerteza externa. A inflação continuará a convergir para a meta em 2024 e 2025.

A política monetária deve continuar a se flexibilizar em 2024 devido à queda da inflação. A política fiscal será consolidada em 2024 para atingir a meta primária exigida pelo novo quadro fiscal. A reforma do imposto sobre valor agregado (IVA) tem o potencial de aumentar a produtividade das empresas e o crescimento potencial.

A atividade econômica está se recuperando lentamente, com sinais de melhora no início de 2024. O comércio varejista se recuperou em janeiro e fevereiro, influenciado pela inflação mais baixa e melhorias no crédito e mercado de trabalho. O setor de serviços cresceu significativamente em janeiro, mas foi negativamente influenciado pelo setor de transporte em fevereiro. A produção industrial ainda está abaixo dos níveis pré-pandêmicos. A produção agrícola deve diminuir devido a condições climáticas desfavoráveis. Apesar disso, o mercado de trabalho permanece forte, com a taxa de desemprego em 7,6% em fevereiro.

A inflação foi de 3,9% em março, com desaceleração principalmente para habitação, móveis e educação. A inflação para alimentos, bebidas e transporte está desacelerando, após pressões climáticas em 2023. A tendência geral indica uma provável queda adicional na inflação ao longo do ano. A inflação subjacente está diminuindo, alcançando 4,3% em março.

A política fiscal está lutando para atingir as metas de consolidação. Com a inflação em declínio, o Banco Central flexibilizou a política monetária. A política fiscal se expandiu em 2023, levando a um déficit primário de 2,1% do PIB. O novo quadro fiscal exige um orçamento primário equilibrado em 2024. A incerteza sobre a arrecadação das novas medidas fiscais e as pressões de gastos na saúde e educação podem afetar a capacidade de atingir a meta fiscal para 2024.

Os riscos para o crescimento estão inclinados para baixo, devido a tensões geopolíticas e crescimento mais lento na China. A consolidação fiscal é necessária para restaurar a confiança nas finanças públicas. A reforma fiscal, incluindo a simplificação do IVA, pode fortalecer a confiança. A redução de barreiras comerciais e a implementação de políticas de sustentabilidade também podem impulsionar o crescimento.

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Vanessa Zampronho / Safras News

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