Alta do dólar pode movimentar negócios de milho no Brasil

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Porto Alegre, 25 de abril de 2024 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de estabilidade nos preços. Mesmo com mais ofertas presentes no atual cenário, a comercialização evolui de maneira lenta. O bom avanço do dólar frente ao real, contudo, pode significar um aumento nas movimentações no âmbito doméstico e na exportação. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago registra leve alta.

O mercado brasileiro de milho registrou preços pouco alterados nesta quarta-feira. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado manteve as características da terça-feira, apenas com o Sul apresentando cotações firmes ainda. Mas no geral há mais ofertas aparentemente.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 60,00/63,00 (compra/venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 60,00/65,00 (compra/venda) a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 55,50/57,00 (compra/venda) a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 55,00/57,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 60,00/61,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 61,00/64,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 54,00/55,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 46,00/47,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 40,00/43,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em maio operaram com alta de 0,50 centavo, ou 0,11%, cotados a US$ 4,38 1/4 por bushel.

* O mercado recebe suporte das preocupações com as chuvas e temperaturas mais frias no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que podem prejudicar o andamento do plantio durante a semana. Além disso, o mercado digere os dados das exportações semanais estadunidenses de milho, que indicaram uma demanda aquecida pelo cereal.

* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2023/24, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 1.299.900 toneladas na semana encerrada em 18 de abril. O México liderou as compras, com 390.500 toneladas.

* Para a temporada 2024/25, foram mais 262,3 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 475 mil e 1,150 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

* Ontem (24), os contratos com entrega em maio de 2024 fecharam com baixa de 5,25 centavos, ou 1,18%, cotados a US$ 4,37 3/4 por bushel. Os contratos com entrega em julho de 2024 fecharam com recuo de 4,00 centavos, ou 0,88%, cotados a US$ 4,48 1/2 por bushel.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com alta de 0,18%, cotado a R$ 5,1387. O dollar index (DXY) opera com valorização de 0,18% a 105,86 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistos. Xangai, + 0,27%. Em Tóquio, -2,16%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, -1,38%; Frankfurt, -1,00% e Londres, + 0,33%.

* O petróleo registra cotações mais baixas. O WTI para junho cai 0,62% a US$ 82,29 o barril.

AGENDA

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados sobre o desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (26/04)

– Japão: A decisão de política monetária será divulgada à meia-noite pelo BOJ.

– A Exxon Mobil divulga seu relatório de lucros referente ao último trimestre.

– A Chevron divulga seu relatório de lucros referente ao último trimestre.

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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