Com segunda safra de feijão no radar, produto extra segue escasso e qualidade do grão permanece em foco

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Porto Alegre, 15 de março de 2024 – No mercado brasileiro de feijão foi possível notar uma melhora na presença dos compradores nesta semana, o que resultou em um moderado incremento nas vendas. Porém, segundo o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira, apesar do aumento na atividade, os compradores ainda demonstraram alguma resistência em relação aos preços praticados, embora não tenham conseguido efetuar aquisições por valores mais baixos.

Os preços do feijão carioca permaneceram em um estado de relativa estabilidade. Com aproximadamente 25 mil sacas disponíveis ao longo dos últimos dias, sendo cerca de 10 mil delas efetivamente comercializadas. Conforme o analista, a demanda permanece aquém do esperado e uma limitada disponibilidade de mercadorias extras é percebida. Rumores de negócios indicam uma ampla gama de preços, com destaque para transações envolvendo feijões nota 9, que foram cotados a R$ 330,00 por saca.

“Apesar das incertezas relacionadas à instabilidade climática, as lavouras de segunda safra no Paraná se mantiveram em boas condições, com 93% delas reportadas como em estado satisfatório. O mercado varejista ainda se mostrou relativamente desaquecido durante o mês de fevereiro, contribuindo para uma pressão adicional sobre os preços”, relatou.

Na Zona Cerealista, o feijão branco comercial está sendo cotado na faixa de R$ 400,00 por saca, enquanto a mercadoria extra alcança até R$ 450,00 por saca, mantendo-se em linha com as cotações do feijão rajado. Já o feijão fradinho apresenta uma variação de preço entre R$ 290,00 e R$ 320,00 por saca, dependendo da qualidade do grão.

Na Bahia, os preços ao consumidor do feijão carioca Tipo 1 variam entre R$ 7,49 e R$ 10,49 por quilo. Nas zonas produtoras, em Irati, no estado do Paraná, as indicações para o feijão carioca variam entre R$ 305,00 e R$ 345,00 por saca de 60kg. Em Chapecó, Santa Catarina, as cotações ficam entre R$ 215,00 e R$ 245,00 por saca.

Feijão preto

De acordo com Oliveira, o mercado de feijão preto mostrou-se estagnado, mantendo os preços nominais. Na Bolsa, a variedade operou com o mesmo volume modesto de amostras, aproximadamente 2,5 mil sacas foram ofertadas, mas sem negócios significativos concretizados.

“Os poucos negócios realizados têm se concentrado nas regiões produtoras, onde há relatos de maior oferta do grão, resultando em um recuo nos indicativos de preço durante a semana”, explicou.

Feijão preto extra de excelente qualidade surgiu, de origem nacional, sendo cotado a R$ 340,00 por saca. Embora os compradores estejam satisfeitos com os padrões oferecidos, adotam uma postura cautelosa, indicando uma ausência de demanda imediata por novas aquisições, semelhante ao cenário observado com a variedade carioca, o que contribuiu para a queda nos preços.

Quanto ao preço de exportação do produto argentino, permanece entre US$ 800 e US$ 830 por tonelada FOB, destacando-se como um ponto de referência importante para o mercado internacional.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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