Porto Alegre, 15 de março de 2024 – O mercado brasileiro de milho registrou uma semana marcada por uma mudança de estratégia por parte dos produtores. Segundo a Safras Consultoria, eles passaram a reter novamente as ofertas para venda, observando as previsões de clima mais complicado para o desenvolvimento da safrinha.
Não houve, entretanto, grandes alterações nos preços, uma vez que os consumidores seguem mantendo um movimento de cautela nas aquisições, reportando um bom quadro de estoques para atender as necessidades mais urgentes de demanda.
No cenário internacional, a Bolsa de Chicago interrompeu a trajetória de ganhos e voltou a ser pressionada pelos sinais de fraca demanda para o cereal norte-americano. As atenções se voltam para a divulgação, mais próximo do final do mês, do relatório de intenção de plantio da safra norte-americana 2024/25.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 57,70 no dia 14 de março, baixa de 0,15% frente aos R$ 57,79 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, seguiu em R$ 57,00. Em Campinas/CIF, a cotação subiu 1,54%, de R$ 65,00 para R$ 66,00. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 63,00, alta de 5,00% frente aos R$ 60,00 registrados na última semana.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca seguiu em R$ 43,00. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço se manteve em R$ 57,00 na venda.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda baixou 3,37%, de R$ 59,00 para R$ 57,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço permaneceu em R$ 56,00 na venda.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 41,913 milhões em março (6 dias úteis), com média diária de US$ 6,985 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 173,714 mil toneladas, com média de 28,952 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 241,30.
Em relação a março de 2023, houve baixa de 60% no valor médio diário da exportação, queda de 50,1% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 19,8% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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