Preços dos cortes de frango recuam diante de reposição mais lenta entre atacado e varejo

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Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados na semana para o quilo vivo pago ao produtor e mais baixos para os cortes negociados no atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado espera seguir trabalhando com preços sustentados no curto prazo, mesmo em um período no qual a reposição ao longo da cadeia se mostra mais lenta.

Iglesias ressalta que é de fundamental importância ao setor estar atento ao nível de alojamentos, já que é ele que contribui para a formação de preços no interior do Brasil.

Em termos sanitários, um novo caso foi registrado em Bertioga (SP) e agora o Brasil possui 155 focos de gripe aviária, dos quais 152 em animais selvagens e três em aves de fundo de quintal, o que mantém o país livre da doença no segmento comercial.

No mercado atacadista, a semana foi marcada por queda nos preços, refletindo o quadro de reposição mais lento entre o atacado e o varejo. “Os agentes de mercado carregam expectativas positivas para a primeira quinzena de março, com maior capitalização das famílias. Vale pontuar que, neste momento, os cortes das concorrentes diretas, como carne bovina e suína, também estão em queda no país” informa.

Nas exportações, a perspectiva do Brasil continua positiva em relação aos volumes, o que é favorável para o ajuste da disponibilidade doméstica. O ponto negativo é que o preço da tonelada embarcada não conseguiu encontrar espaço para avanços até agora.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito caiu de R$ 10,35 para R$ 10,10, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,50 e o quilo da asa em R$ 12,60 para R$ 12,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito baixou de R$ 10,70 para R$ 10,30, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 6,70 e o quilo da asa de R$ 12,80 para R$ 12,30.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito mudou de R$ 10,45 para R$ 10,20, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,60 e o quilo da asa de R$ 12,70 para R$ 12,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 10,80 para R$ 10,40, o quilo da coxa de R$ 7,00 para R$ 6,80 e o quilo da asa de R$ 12,90 para R$ 12,40.

O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo ficou em R$ 5,25 e, em São Paulo, em R$ 5,20.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,65 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,90.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 5,00, em Goiás em R$ 5,15 e, no Distrito Federal, em R$ 5,25.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 6,20, no Ceará em R$ 7,00 e, no Pará, em R$ 7,00.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 391,769 milhões em fevereiro (10 dias úteis), com média diária de US$ 39,176 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 224,221 mil toneladas, com média diária de 22,422 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.747,20.

Em relação a fevereiro de 2023, houve alta de 5,8% no valor médio diário, avanço de 14,2% na quantidade média diária e queda de 7,4% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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