Após feriado, preços da carne de frango permanecem acomodados

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Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados na semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado ainda tem viés de alta no curto prazo. “Os custos de nutrição animal estão controlados, apesar de um movimento ainda tímido de reação do milho no mercado doméstico no decorrer da última semana”, pontua.

Em relação a Influenza Aviária, Iglesias analisa que o Brasil permanece muito bem, ainda com medidas bastante assertivas no combate à doença. “Como se sabe, as ocorrências não alteram em nada o status sanitário brasileiro, que segue como área livre da doença”, explica.

No mercado atacadista, as negociações são retomadas com preços firmes, ainda havendo espaço para elevação dos preços no curto prazo. “A partir da próxima semana, com a descapitalização da população, esse movimento tende a perder força e os preços tendem a operar acomodados”, destaca.

Iglesias explica que o ajuste de oferta inviabiliza que haja queda contundente dos preços, considerando uma produção bastante adequada diante do perfil de consumo evidenciado ao longo do primeiro bimestre.

“Importante mencionar que as exportações seguem em alto nível, com o Brasil caminhando para mais um ano de intenso ritmo de embarques. O problema é longe de ser volume. Os preços pagos pelas proteínas de origem animal brasileiras permanecem deprimidas, dependendo da recuperação econômica e da suinocultura chinesa para corrigir esse movimento de declínio”, conclui.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ 10,00, o quilo da coxa em R$ 6,70 e o quilo da asa em R$ 12,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito estabilidade de R$ 10,25, o quilo da coxa de R$ 6,90 e o quilo da asa de R$ 12,80.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também não apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 10,10, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 12,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 10,35, o quilo da coxa em R$ 7,00 e o quilo da asa em R$ 12,90.

O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo ficou em R$ 5,25 e, em São Paulo, em R$ 5,05.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,55 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango permaneceu em R$ 4,65, em Goiás em R$ 5,15 e, no Distrito Federal, em R$ 5,25.

Em Pernambuco, o quilo vivo continuou em R$ 6,20, no Ceará em R$ 7,00 e, no Pará, em R$ 7,00.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 245,717 milhões em fevereiro (7 dias úteis), com média diária de US$ 35,102 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 141,680 mil toneladas, com média diária de 20,240 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.734,30.

Em relação a fevereiro de 2023, houve baixa de 5,2% no valor médio diário, avanço de 3,1% na quantidade média diária e queda de 8,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência Safras

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