Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2024 – O mercado brasileiro de milho deve fechar a semana com um ritmo lento na comercialização. Os preços devem seguir sustentados, em meio à decisão dos produtores de reter as fixações de venda do cereal, focando na colheita e escoamento da safra de soja. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago tenta reagir frente às perdas da última sessão, em meio à expectativa de que possa haver um declínio na área a ser cultivada pelos Estados Unidos em 2024/25.
O mercado brasileiro de milho voltou a registrar preços estáveis nesta quinta-feira. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado anda devagar nessa semana mais curta de negócios pós-Carnaval, com fraca comercialização. “Os preços pararam de cair, mas também não avançam”, descreve Molinari.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 58,00/65,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 56,00/64,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 56,00/58,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 60,00/62,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 64,00/65,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 56,50/58,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 58,00/60,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 53,00/56,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 42,00/45,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em março de 2024 operam com avanço de 2,00 centavos, ou 0,47%, cotados a US$ 4,19 3/4 por bushel.
* A reação é sustentada pela estimativa que os Estados Unidos deverão plantar menos milho na temporada 2024/25, divulgada ontem pelo Departamento de Agricultura do país (USDA). O melhor humor global provocado pelos indicadores positivos divulgados ontem nos EUA também contribui com a alta das cotações. Até o momento, a posição março/24 ainda acumula 2,4% de perdas semanais.
* A área a ser plantada com milho nos Estados Unidos em 2024/25 deverá ocupar 91 milhões de acres. A previsão foi feita durante a abertura do Fórum Anual do USDA. Na safra passada, a área totalizou 94,6 milhões de acres. Analistas estimavam a semeadura de 91,8 milhões de acres.
* Para a produção, o mercado projeta a safra de milho diminuindo de 15,342 bilhões de bushels para 15,040 bilhões de bushels, ante projeção inicial de 15,15 bilhões de bushels. Os estoques de passagem de milho deverão subir dos 2,172 bilhões registrados na temporada 2023/24 para 2,532 bilhões de bushels na temporada 2024/25. A estimativa anterior foi de 2,594 bilhões de bushels
* Ontem (15), os contratos com entrega em março de 2024 fecharam com baixa de 6,50 centavos, ou 1,53%, cotados a US$ 4,17 3/4 por bushel. Os contratos com entrega em maio de 2024 fecharam com recuo de 7,50 centavos, ou 1,71%, cotados a US$ 4,29 3/4 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 0,04% a R$ 4,9703. O Dollar Index registra estabilidade, a 104,30 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mais altos. Xangai, feriado. Japão, + 0,86%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices firmes. Paris, +0,53%. Frankfurt, +0,80%. Londres, +1,14%.
* O petróleo opera em baixa. Março do WTI em NY: US$ 77,54 o barril (-0,62%).
AGENDA
– EUA: O índice de preços ao produtor de janeiro será publicado às 10h30 pelo Departamento do Trabalho.
– Nova estimativa de SAFRAS & Mercado para a produção brasileira de milho 2023/24, 12h
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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