IPP mensal cai 0,18% em dezembro – IBGE

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Porto Alegre, 1 de dezembro de 2024 – Os preços do setor industrial tiveram variação negativa de 0,18% em dezembro de 2023 frente ao mês anterior, o segundo resultado negativo em sequência. Com isso, a inflação da indústria fechou o ano de 2023 com queda de 4,98%, variação negativa mais intensa acumulada em um encerramento de ano desde o início da série histórica, em 2014. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje (1) pelo IBGE. A taxa verificada em 2023 foi aproximadamente oito pontos percentuais (p.p.) menor que a de 2022 (3,16%).

“Em 2023 houve dois momentos distintos no que diz respeito à evolução dos preços médios. No primeiro semestre vimos a continuidade de um processo que já era observado desde a segunda metade de 2022, com a consolidação de uma trajetória deflacionária disseminada. A partir de julho, no entanto, movimentos do mercado já sinalizavam que aquela conjuntura estava mudando. Os meses que se seguiram apresentaram alguma moderação inflacionária, com o IPP apresentando taxas positivas e negativas na passagem de mês a mês. Ao analisar o resultado de 2023, é preciso lançar luz também sobre a apreciação cambial acumulada no ano, que amenizou o custo de importação de insumos, tornou os bens finais produzidos no exterior mais competitivos e reduziu o montante recebido em reais pelo exportador brasileiro”, explica Felipe Câmara, analista do IPP.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. As atividades que, em dezembro de 2023, tiveram as maiores variações no acumulado no ano foram outros produtos químicos (-17,25%), refino de petróleo e biocombustíveis (-15,45%), papel e celulose (-15,23%) e metalurgia (-9,77%). Já as principais influências no acumulado da indústria geral vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (-1,85 p.p.), outros produtos químicos (-1,51 p.p.), metalurgia (-0,60 p.p.) e alimentos (-0,60 p.p.).

As informações são do IBGE.

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Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

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