Dólar comercial fecha em leve baixa, seguindo exterior e aguardando Super Quarta

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    São Paulo, 26 de janeiro de 2024 – O dólar comercial fechou a R$ 4,9108 para venda, com desvalorização de 0,23%. Às 17h15min, o dólar futuro para fevereiro tinha baixa de 0,13% a R$ 4,914. O mercado acompanhou o desempenho global da moeda e ainda refletiu os dados positivos sobre a economia americana e brasileira divulgados ao longo da semana.

    Na leitura do economista-chefe do banco Bmg, Flávio Serrano, o dólar não foi impactado pelos indicadores de hoje “Ainda está desenvolvendo um pouco o movimento de ontem [com a divulgação do PIB 4T23]. Impacto maior veio ontem”, comenta.

    Os dados recentes – incluindo emprego, inflação e PIB – indicam que os Estados Unidos continuam a testemunhar uma economia robusta. Os especialistas, no entanto, expressam a necessidade de cautela nos mercados, alertando que as taxas do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) podem não cair rápido para garantir um pouso suave.

    Os agentes seguem avaliando e reagindo aos índices de inflação aqui e no exterior, acomodando as apostas sobre as definições dos juros na próxima quarta. Os dados de hoje não mudaram o sentimento de corte de 0,50 ponto na Selic e de manutenção dos juros americanos, com início dos cortes a partir de maio.

    O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,31% em janeiro na comparação com dezembro, recuando 0,9 p.p com relação ao número apurado no período anterior (+0,40%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já

no acumulado dos últimos 12 meses, até janeiro, a alta foi de 4,47%, abaixo do número anterior, de 4,72%.

    Tanto o resultado mensal quanto o acumulado de 12 meses ficaram abaixo das projeções de +0,46% e +4,62%, respectivamente, medidas pelo Termômetro CMA.

    O índice de preços para os gastos pessoais (PCE) dos EUA subiu 0,2% em dezembro na comparação mensal, depois de cair 0,1% em novembro. Na comparação anual, o índice subiu 2,6% em dezembro, o mesmo índice registrado em novembro e dentro do esperado pelo mercado. O PCE ficou dentro do esperado.

    O PCE é o indicador usado pelo banco central dos Estados Unidos (Fed) como referência para medir a inflação. O núcleo do PCE, que exclui do cálculo os preços de alimentos e energia, subiu 0,2% em termos mensais e cresceu 2,9% em termos anuais em dezembro, após a alta de 0,1% registrada em novembro em base mensal e de 3,2% em base anual.

Dylan Della Pasqua / Agência CMA

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