Porto Alegre, 11 de janeiro de 2024 – Representantes da cadeia orizícola gaúcha estiveram reunidos, nesta quarta-feira, 10 de janeiro, com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller. Recentemente empossado, o dirigente veio ao Estado para atender a um chamamento da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) para ouvir as preocupações do setor e também receber a garantia de que não haverá desabastecimento, mesmo com as possíveis perdas de produtividade causadas por eventos climáticos extremos.
O secretário disse querer alinhar com o setor as políticas adequadas para manter a renda e trabalhar o aumento da produtividade, sempre com foco muito claro de manter as conquistas do mercado internacional e ampliá-lo, ficando longe de qualquer possibilidade de travar as exportações. Como medidas de apoio ao setor, Geller antecipou temas que já pautaram sua passagem pela secretaria em anos anteriores. “O governo federal vai voltar a implementar políticas de crédito mais fácil ao produtor, de acesso mais diversificado às linhas de crédito, entre elas a possibilidade do dólar em custeio, captação no mercado internacional através das cooperativas de crédito e também, eventualmente, reduzir custeio e investimento que são programas do Plano Safra”, detalhou.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, destacou que a cadeia do arroz tem um protagonismo na produção nacional do grão e ainda uma responsabilidade social e econômica muito grande no Rio Grande do Sul. “Quase a metade dos municípios gaúchos depende, na sua economia, do arroz. Na questão social, o arroz emprega um funcionário para cada cinquenta hectares, em média, enquanto a soja emprega um para 200 hectares, fora o entorno, com o supermercado, o posto de gasolina e toda a rede do comércio que abastece o setor arrozeiro”, destacou o dirigente.
Velho disse, ainda, que é importante o governo entender que ele também pode fazer sua parte, como nas áreas de crédito, do seguro agrícola, e não prejudicar o andamento do mercado com relação à exportação, além de conhecer mais de perto o setor. “E saber que este preço de hoje é resultado de uma falta de rentabilidade de muitos anos. A área plantada no Estado já foi de 1,2 milhão de hectares e veio para 840 mil na safra passada. E foi este ajuste no mercado que trouxe preços melhores”, justificou.
Também estiveram na reunião, realizada na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, em Porto Alegre (RS), representantes de diferentes entidades, como Emater, Irga, Fetag, Farsul, Conab e Sindarroz. O secretário Giovani Feltes também participou do encontro, assim como o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
As informações são da assessoria de imprensa.
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Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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