Região de Guarapuava (PR) perde área de soja para feijão, mas situação das lavouras é boa

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Porto Alegre, 9 de janeiro de 2024 – A semeadura de soja foi concluída no mês de dezembro nos municípios que compõem o núcleo regional de Guarapuava, no centro-sul paranaense e sob a supervisão do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná. Em entrevista exclusiva à Agência SAFRAS, o técnico agrônomo Dirlei Manfio afirmou que a extensão total semeada atingiu 309,7 mil hectares, embora as estimativas dos agricultores fossem ligeiramente superiores.

“Alguns produtores optaram por semear feijão ao invés da soja, impulsionados pelos preços mais atrativos oferecidos”, relatou.

Cerca de 85% da soja está classificada como boa e 15% como regular. Aproximadamente 2% das áreas onde as condições eram desfavoráveis passaram por um processo de replantio. As condições climáticas favorecem o desenvolvimento, com chuvas típicas do verão.

As lavouras se dividem entre as fases de desenvolvimento vegetativo (14%), floração (55%), frutificação (30%) e em maturação (1%). Os grãos semeados precocemente devem ser colhidos até o final de fevereiro. A produtividade é estimada em 3,9 mil quilos por hectare, com as expectativas mais otimistas apontando para 4,4 mil quilos por hectare.

De acordo com o técnico agrônomo, o controle de pragas e doenças está sendo conduzido de maneira adequada, com os produtores empregando tecnologias avançadas para aplicação de defensivos. Contudo, as preocupações dos agricultores se focam nos preços, que já apresentam retrações antes mesmo do início da colheita.

“Não adianta alta produtividade com os preços lá embaixo”, afirmou Manfio. Segundo ele, os produtores estão optando por estocar a oleaginosa, aguardando por melhores condições de comercialização.

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Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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