Café despenca em NY acompanhando petróleo e com menores apreensões com oferta

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Porto Alegre, 06 de dezembro de 2023 – A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços acentuadamente mais baixos.

Após a boa subida da terça-feira, NY tombou nesta quarta-feira em meio a fatores técnicos e financeiros, especialmente. O mercado seguiu a forte desvalorização do petróleo e perdas em outras commodities nas bolsas de futuros. Também menores preocupações com a oferta brasileira e global pesaram sobre os preços.

Preocupações com a economia chinesa estiveram no radar, com temores envolvendo a demanda do país. Dados econômicos importantes do gigante asiático serão publicados nesta semana, como a balança comercial e a inflação.

Indicações da Organização Internacional do Café (OIC) de que o mercado global de café deverá ter superávit entre a oferta e a demanda na ordem de 1 milhão de sacas em 2023/24, após um déficit de 4,9 milhões de sacas observado em 202/23, reduziram apreensões em torno do aperto na oferta.

Dados indicando que os embarques brasileiros chegaram a 3,9 milhões de sacas somente de café verde em novembro, segundo a Secretaria de Comércio Exterior brasileira, contribuem para um sentimento mais tranquilo em relação ao abastecimento. E as condições climáticas estão melhorando no cinturão cafeeiro do Brasil em dezembro, devendo favorecer o desenvolvimento da safra 2024.

Porém, somente a partir de janeiro se terá uma dimensão mais precisa da próxima safra brasileira. As lavouras sofreram com chuvas irregulares e altas temperaturas até novembro, o que é prejudicial à safra 2024, e é aspecto de sustentação às cotações.

De todo modo, o café segue muito vulnerável aos mercados financeiros, às oscilações do dólar, e o tombo do petróleo e de outras commodities foi citado como aspecto principal para as perdas do arábica, que voltou a trabalhar abaixo de US$ 1,80 a libra-peso.

    Os contratos com entrega em março/2024 fecharam o dia a 175,25 centavos de dólar por libra-peso, desvalorização de 8,50 centavos, ou de 4,6%. A posição maio/2024 fechou a 173,55 centavos, baixa de 7,95 centavos, ou de 4,4%.

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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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