Frigoríficos adotam postura cautelosa e preços de carne suína despencam

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Porto Alegre, 27 de outubro de 2023 – A semana registrou preços extremamente mais baixos tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos adotaram postura cautelosa nas tratativas envolvendo o vivo, avaliando que os cortes estão patinando e que a reposição entre atacado e varejo deve continuar sentindo lentidão no curto prazo.

Outro ponto a ser considerado, de acordo com o analista, é que os cortes bovinos também começam a sinalizar para queda no atacado, o que pode pesar no curto prazo. “A expectativa é de um ambiente um pouco mais favorável de preços para novembro, por conta da entrada da massa salarial e parte do décimo terceiro na economia, o que pode estimular consumo”, explica.

“Diante do quadro apresentado neste momento, os suinocultores contam com poder de barganha comprometido, o que traz certo grau de apreensão, considerando que o custo da nutrição está firme no decorrer desta quinzena”, alerta. “Deste modo, a tendência é de pressão sobre as margens da atividade”, conclui Maia.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país tiveram baixa na semana, de R$ 6,03 para R$ 5,91. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado recuou de R$ 10,47 para R$ 10,28 e a média da carcaça de R$ 9,73 para R$ 9,42.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo caiu de R$ 131,00 para R$ 124,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,25 e no interior do estado recuou de R$ 6,50 para R$ 6,15.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,30 e no interior catarinense registrou perdas de R$ 6,30 para R$ 6,05. No Paraná, o preço do quilo vivo recuou de R$ 6,30 para R$ 6,15 no mercado livre e, na integração, teve estabilidade de R$ 5,25.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande ficou em R$ 5,75. Na integração, os preços ficaram estáveis em R$ 5,30. Em Goiânia, o quilo vivo teve baixa de R$ 6,55 para R$ 6,30. No interior de Minas Gerais, os preços declinaram de R$ 6,75 para R$ 6,50 e, no mercado independente, de R$ 6,90 para R$ 6,60. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve desvalorização de R$ 5,85 para R$ 5,70 e, na integração do estado, continuou em R$ 5,30.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 116,537 milhões em outubro (14 dias úteis), com média diária de US$ 8,324 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 50,943 mil toneladas, com média diária de 3,638 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.287,60.

Em relação a outubro de 2022, houve baixa de 29% no valor médio diário, perda de 23,2% na quantidade média diária e queda de 7,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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