Conab define leilões de PEP e Pepro de trigo para dia 31

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Porto Alegre, 25 de outubro de 2023 – A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou os leilões de trigo para operações de PGPM (Política de Garantia de Preços Mínimos) para o dia 31 de outubro. Serão realizados dois leilões, um de PEP (Prêmio para Escoamento de Produto) e outro de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural), cada um com recursos para escoar 154,8 mil toneladas de trigo em grão.

Cada operação visa o escoamento de 70 mil toneladas do Rio Grande do Sul; 60 mil toneladas do Paraná; 6,15 mil toneladas de Santa Catarina; 5 mil toneladas de São Paulo; 7 mil toneladas de Minas Gerais; 4,1 mil toneladas Distrito Federal e Goiás; 1,8 mil toneladas do Mato Grosso do Sul e 750 toneladas da Bahia.

Os prêmios serão divulgados dois dias úteis antes da operação. No leilão de PEP podem participar indústrias e comerciantes. No de Pepro, produtores independentes por meio de cooperativas.

Conforme o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, o ponto de atenção é sobre o prêmio que precisa ser pago para tornar a operação atrativa. “Atualmente, os preços indicados no mercado são cerca de R$ 350/tonelada abaixo do preço mínimo”, lembra. “Para compensar a burocracia da operação, o prêmio ofertado terá que ser superior a esse spread”, destaca. “Considerando um prêmio hipotético de R$ 370/tonelada, com R$ 400 milhões se escoaria 1,081 milhão de toneladas”, pondera o analista.

Em relação ao feed, se o preço de referência for o “trigo pão tipo 03”, é de R$ 927/tonelada. O spread em relação às indicações de mercado fica entre R$ 50 e R$ 100 a tonelada. “Nesse caso, com um prêmio menor, por exemplo de R$ 150/tonelada, os recursos disponibilizados poderiam retirar quase 2,7 milhões de toneladas do mercado”, comenta o consultor.

“Sendo assim, parece mais lógico que o Governo estabeleça parâmetros que tenham nos grãos de baixo padrão o foco das operações”, frisa Bento. “A retirada desses grandes volumes de feed das regiões de produção garante inclusive um alívio na armazenagem, num ano em que se espera uma safra cheia no verão”, finaliza.

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Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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