Porto Alegre, 20 de outubro de 2023 – Os preços da soja subiram nas principais praças do país na semana, marcada por melhora também no ritmo do negócios. A recuperação dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) serviu de subsídio para essa reação na comercialização. Os produtores dividem suas atenções entre retomada dos negócios e os trabalhos de plantio.
A saca de 60 quilos subiu de R$ 142,00 para R$ 145,00 em Passo Fundo (RS). No mesmo período, a cotação avançou de R$ 133,00 para R$ 135,00 em Cascavel (PR) e de R$ 125,00 para R$ 126,00 em Rondonópolis (MT). No Porto de Paranaguá, o preço aumentou de R$ 143,00 para R$ 145,00.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro eram cotados a US$ 13,12 por bushel na manhã da sexta-feira, acumulando uma valorização de 2,48% na semana. O mercado deu continuidade ao movimento ascendente deflagrado após o relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que apontou safra e estoques americanos acima do esperado.
Sinais de boa demanda pela soja americana, tanto na exportação como no processamento, e uma certa preocupação com a irregularidade climática na América do Sul, resultando em atraso no plantio no Brasil, completaram o cenário positivo. A recente alta do petróleo, em decorrência do conflito no Oriente Médio, também ajudou na elevação.
O dólar recuou 0,46% na semana, mas se manteve acima de R$ 5,00, ajudando na sustentação dos preços internos. Já os prêmios seguem negativos, tirando um pouco do ímpeto dos produtores em negociar.
Plantio
O plantio da safra de soja 2023/24 do Brasil está em 15,8% da área total esperada até o dia 13 de outubro. A estimativa parte de levantamento de SAFRAS & Mercado. Na semana anterior, o número era de 7,8%. Em igual período do ano passado, a área semeada era de 19,1% e a média de cinco anos é de 16,7%.
O plantio no Paraná já chega a 34%, estando em 35% no Mato Grosso, 9% no Mato Grosso do Sul e 7% em Goiás e São Paulo. Em Minas Gerais o plantio também iniciou, estando em apenas 2%. Na Bahia os trabalhos estão em 3%.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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