Preços da soja devem subir no Brasil, seguindo Chicago e dólar

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São Paulo, 13 de outubro de 2023 – Após o feriado e digerindo o relatório altista do USDA, o mercado brasileiro de soja deve ter uma sexta de preços melhores e de comercialização podendo ganhar ritmo. Chicago mantém-se no território positivo após os fortes ganhos e ontem e o dólar sobe frente o real.

Na quarta, último dia de negócios no Brasil, os preço caíram. As cotações, no entanto, ficaram nominais, uma vez que não houve reporte de negócios. Com a queda firme em Chicago e o câmbio praticamente estável, o dia foi de poucas ofertas no mercado.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 143,00 para R$ 142,00. Na região das Missões, a cotação baixou de R$ 142,00 para R$ 140,00. No Porto de Rio Grande, o preço recuou de R$ 152,00 para R$ 151,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço desvalorizou de R$ 132,00 para R$ 130,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca decresceu de R$ 142,00 para R$ 140,00.

Em Rondonópolis (MT), o valor diminuiu de R$ 125,00 para R$ 124,00. Em Dourados (MS), a cotação passou R$ 125,00 para R$ 124,00. Em Rio Verde (GO), a saca foi de R$ 122,50 para R$ 120,00.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em novembro operam com alta de 0,36%, cotados a US$ 12,94 3/4 por bushel.

* O mercado mantém o tom positivo da quinta-feira, impulsionado pelo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que reduziu a previsão de produção no país mais do que os analistas esperavam.

* As cotações também são impulsionadas pelo excelente desempenho do petróleo em Nova York, onde sobe mais de 4%.

* Até o momento, a posição novembro/23 acumula 2,3% de ganhos semanais.

USDA

* O relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,104 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 111,7 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 49,6 bushels por acre. O número ficou abaixo da previsão do mercado, que era de 4,132 bilhões de bushels, ou 112,45 milhões de toneladas. No relatório anterior, a previsão era de 4,146 bilhões ou 112,83 milhões de toneladas.

* Os estoques finais estão projetados em 220 milhões de bushels ou 5,99 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 236 milhões ou 6,42 milhões de toneladas. Não houve alteração na comparação com setembro. O USDA elevou a estimativa para as exportações americanas de 2,29 bilhões para 2,3 bilhões de bushels. O esmagamento teve sua estimativa reduzida de 1,79 bilhão para 1,755 bilhão de bushels.

* O relatório projetou safra mundial de soja em 2023/24 de 399,5 milhões de toneladas. Em setembro, a previsão era de 401,33 milhões. Os estoques finais estão foram reduzidos de 119,25 milhões para 115,62 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 119,6 milhões de toneladas.

* A projeção do USDA aposta em safra americana de 111,7 milhões de toneladas.

* A safra brasileira foi projetada em 163 milhões de toneladas. Para a Argentina, a previsão é de produção de 48 milhões de toneladas. Não houve alterações nas estimativas. A China deverá importar 100 milhões de toneladas, também inalterada.

* Os estoques globais em 2022/23 estão estimados em 101,89 milhões de toneladas, enquanto o mercado apostava em 103,3 milhões de toneladas.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com alta de 0,44% a R$ 5,0730. O Dollar Index recua 0,05% a 106,55 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam em baixa. Xangai, -0,64%; Tóquio, -0,55%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,66%; Frankfurt, -0,72%; Londres, -0,32%.

* O petróleo registra cotações mais altas. O WTI para novembro sobe 4,22% a US$ 86,41 o barril.

AGENDA

– Dados sobre o desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

– O Imea divulga relatório sobre a evolução das lavouras no Mato Grosso.

Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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