Porto Alegre, 21 de setembro de 2023 – A Bolsa de Nova York para o algodão vem ensaiando romper a resistência de US$ 0,90 por libra -peso, diante da deterioração das lavouras norte-americanas. “Porém, o cenário de otimismo internacional vai diminuindo e tira a tração de alta”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Carlos Barabach, durante palestra realizada há pouco no 6º SAFRAS Agri Week.
O calor intenso tem afetado o potencial produtivo da safra dos Estados Unidos. “Em outubro, inclusive, o USDA (Departamento de Agricultura norte-americano) pode cortar novamente sua estimativa para a produção do país”, aposta. “Até porque as lavouras este ano estão piores que no ano passado”, pontua.
Como fator de baixa, aparece o cenário econômico mundial mais nebuloso. Para o analista, deve permanecer “carrancudo” até meados de 2024. O último relatório do Federal Reserve (Fed), abrindo espaço para o recrudescimento na política monetária até o final do ano, ajuda a deteriorar o humor do mercado.
A economia chinesa também segue dando dor de cabeça aos investidores. Após um primeiro trimestre pungente, o segundo foi decepcionante. “E o terceiro trimestre mostra uma China errática, dando alguns sinais econômicos positivos e outros não tão bons”, pondera.
Internamente, Barabach destaca que o Brasil precisa seguir competitivo no cenário exportador. “O país tem que continuar agressivo nas exportações, para escoar a produção”, relata. Em 2023, as vendas ao exterior devem somar 1,69 milhão de toneladas, 6% a menos do que as 1,8 milhão de toneladas de 2022, diante da maior concorrência de outros países. Para 2024, SAFRAS & Mercado estima um aumento nos negócios internacionais para 2,35 milhões de toneladas.
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Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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