Porto Alegre, 18 de setembro de 2023 – De acordo com o alerta agroclimático da Rural Clima, os últimos dias de inverno devem ser marcados por temperaturas extremamente altas. Segundo o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, praticamente todo o Brasil deve ser afetado. “O que mais preocupa são as regiões de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Os termômetros podem atingir até 46 graus, com baixa umidade no ar e praticamente chances zeradas de chuvas”, disse.
Logo, esta semana deve ser marcada pela ausência de chuvas em toda faixa central do Brasil. “Podem ocorrer alguns ‘pipoquinhos’ de chuva, mas não há um bloqueio atmosférico”, explica Marco. “As temperaturas no solo podem passar facilmente de 60 graus. É provável, também, que apareçam registros de uma sensação térmica de 50 graus”, pontua.
No Sul do Brasil, a tendência é de que o tempo chuvoso visto na última semana permaneça. “No extremo sul do Rio Grande do Sul, na verdade, já chove ao longo da manhã desta segunda-feira”, ressalta Marco. O alerta agroclimático ainda destaca que dificilmente essas precipitações devem chegar no Sudeste, se restringindo ao Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
No início da próxima semana, a frente fria que atinge o Sul do Brasil deve subir e expulsar a bolsa de ar quente do país, fazendo com que as chuvas generalizadas retornem. “Ou seja, as chuvas só retornam de fato perto da virada do mês. Isso tudo só comprova que não estamos sob efeito de um El Ñino”, conclui Marco.
Paraguai
Chuvas deverão atingir a região oriental do Paraguai nos próximos dois dias, com tempo aberto no restante do país. Após isso, as temperaturas elevadas tomarão conta de todo território novamente. “Muita atenção para quem está plantando soja, pois as temperaturas estarão bem acima do normal”, analisa a meteorologista da Rural Clima, Ludmila Camparotto.
Mesmo na última semana de setembro, as chuvas devem ser irregulares e retornam em um bom nível na virada de mês. “Vamos observar ao longo da primavera algumas semanas com poucas chuvas e outras com mais chuvas, mas sempre frequentes”, ressalta Ludmila.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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