Porto Alegre, 15 de setembro de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados tanto para o frango vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o viés ainda é de alguma recuperação dos preços no curto prazo. “A primeira quinzena do mês é pautada pela melhor reposição ao longo da cadeia produtiva”, disse.
De acordo com Iglesias, o mercado atacadista tem potencial de continuidade no movimento de alta no curto prazo, em linha com a boa demanda ao decorrer da primeira quinzena. “Outro aspecto favorável é a maior competitividade quando comparamos com as proteínas concorrentes”, pontua. “Mesmo com o recente movimento de recuperação dos preços da carne de frango, a relação de troca no varejo segue amplamente favorável para a proteína, especialmente quando olhamos para a carne bovina”, explica.
No que tange a Influenza Aviária, Iglesias reforça que, até o momento, o Brasil conta com 98 focos da doença, sendo 96 em aves selvagens e apenas dois em aves de fundo de quintal. “Manter a fiscalização segue imprescindível neste momento”, alerta.
“O fato é que a parcela da população que conta com menor renda segue optando por produtos mais acessíveis. Dito isso, a carne de frango é a melhor alternativa no setor de carnes”, ressalta o analista. “As exportações, por sua vez, permanecem em altíssimo nível quando se trata de volume. O ponto de inflexão segue sendo o preço médio”, conclui.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 262,514 milhões em setembro até agora (5 dias úteis), com média diária de US$ 52,503 milhões. A quantidade total exportada pelo país chega a 147,968 mil toneladas, com média diária de 29,594 mil toneladas. O preço médio da tonelada está em US$ 1.774,10.
Em relação a setembro de 2022, há incremento de 46,3% no valor médio diário, avanço de 70,6% na quantidade média diária e recuo de 14,3% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Preços internos
Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito no atacado teve aumento de R$ 7,40 para R$ 7,60, o quilo da coxa se manteve em R$ 6,70 e o quilo da asa avançou de R$ 10,35 para R$ 10,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve alta de R$ 7,60 para R$ 7,80, o quilo da coxa continuou R$ 6,90 e o quilo da asa de R$ 10,70 para R$ 10,80.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 7,50 para R$ 7,70, o quilo da coxa teve estabilidade de R$ 6,80 e quilo da asa subiu de R$ 10,45 para R$ 10,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve valorização de R$ 7,70 para R$ 7,90, o quilo da coxa permaneceu em R$ 7,00 e o quilo da asa progrediu de R$ 10,80 para R$ 10,90.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo registrou estabilidade de R$ 4,95 e, em São Paulo, de R$ 5,00.
Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação continuou em R$ 4,40 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,80.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 4,90, em Goiás em R$ 4,95 e no Distrito Federal em R$ 4,95.
Em Pernambuco, o quilo vivo teve estabilidade de R$ 5,20, no Ceará de R$ 5,20 e, no Pará, de R$ 5,10.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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