Preços de carne suína reagem, buscando suporte em Dia dos Pais e melhor reposição da proteína

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Porto Alegre, 11 de agosto de 2023 – A semana teve alta nos preços tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a entrada da primeira quinzena do mês, com melhor reposição entre atacado e varejo, beneficiou os preços da proteína.

De acordo com Maia, a maior demanda por conta do Dia dos Pais e famílias mais capitalizadas, com a entrada dos salários na economia, também deram suporte aos preços. “Além disso, o frango começou a reagir. Isso é bom, pois aumenta a atratividade da carne suína no mercado”, pontua.

“Os frigoríficos estão um pouco mais ativos nas compras, com esse melhor cenário da carne suína”, explica. “O suinocultor, por sua vez, aponta que a oferta de animais está um pouco mais equilibrada neste momento e novos reajustes não são descartados ainda no curto prazo”, afirma Maia.

O analista alerta que o ponto de atenção nessa segunda quinzena é a evolução dos preços do boi gordo no mercado. “A proteína começou a sinalizar para uma queda forte em alguns estados. Dependendo de como o mercado estiver, pode pressionar a carne suína”, diz.

Por fim, Maia ressalta que, com a alta nos preços do vivo e o viés de queda observado nos preços do milho, as margens do produtor em relação aos custos de nutrição animal também devem melhorar.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 3,50% na semana, passando de R$ 5,67 para R$ 5,87. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado aumentou de R$ 10,04 para R$ 10,39 e a média da carcaça de R$ 8,94 para R$ 9,36.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve alta de R$ 116,00 para R$ 122,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo teve baixa de R$ 5,20 para R$ 5,15 e no interior do estado registrou avanço de R$ 5,80 para R$ 6,05.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração recuou de R$ 5,20 para R$ 5,10. No interior catarinense, o quilo vivo subiu de R$ 5,70 para R$ 6,00, no Paraná de R$ 5,90 para R$ 6,10 no mercado livre e, na integração, teve estabilidade de R$ 5,25.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve elevação de R$ 5,60 para R$ 5,70. Na integração, por outro lado, os preços se mantiveram em R$ 5,10. Em Goiânia, o quilo vivo teve progressão nos preços de R$ 6,00 para R$ 6,40, no interior de Minas Gerais de R$ 6,20 para R$ 6,70 e no mercado independente de R$ 6,20 para R$ 6,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis cresceu de R$ 5,60 para R$ 5,70, na integração do estado, seguiu em R$ 5,10.

Exportações

As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 40,095 milhões em julho (4 dias úteis), com média diária de US$ 10,024 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 16,698 mil toneladas, com média diária de 4,174 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.401,20.

Em relação a agosto de 2022, houve baixa de 9,1% no valor médio diário, recuo de 9,7% na quantidade média diária e avanço de 0,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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