São Paulo, 8 de agosto de 2023 – Em entrevista à Agência SAFRAS no Congresso da Andav 2023, em São Paulo (SP), o diretor Comercial Sul da FMC, Ivan Jarussi, destacou que o mercado de defensivos está se mostrando bem mais represado em 2023, por conta da comercialização de grãos mais lenta e da insegurança do produtor sobre estar fazendo um negócio bom ou não.
Para Ivan, a insegurança do produtor “está muito no ar”, por conta da última safra, onde o custo de produção foi maior em termos de fertilizantes e diesel diante de fatores observados mundo afora, como covid-19, guerra e dificuldades ne logística. “Na colheita, aquele produtor que vendeu a safra antecipadamente está bem. Aquele que não vendeu, o que corresponde a grande maioria, na hora da venda está negociando os grãos na baixa”, pontua.
O diretor da FMC ressalta que o mercado ainda é extremamente favorável do ponto de vista da relação de troca, ainda que os valores da soja e do milho não sejam os mesmos de um ano atrás. “Isso traz insegurança. O produtor protela a aquisição de insumos, pois atrasou a venda e adia os negócios. E isso vale para fertilizantes, defensivos e outros insumos também”, avalia.
Na visão de Ivan, o produtor deveria estar com uma única preocupação nesse ano que é produzir. “Não há outra melhor solução para sair de uma situação difícil do que ter grãos. Pior do que ter grãos e vender num preço mais baixo é não ter grãos. Basta a gente olhar para situação do Rio Grande do Sul, que exige grau de atenção maior, onde o endividamento e os juros dele decorrentes são altos. É por isso que se orienta que custo de produção seja travado, deixando a sobra para aguardar o melhor momento de venda. O custo deve ser travado no momento de aquisição. A compra casada é o seguro, pois assim se trava ao menos o custo de produção”, conclui o diretor da FMC.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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