IGP-DI de junho tem deflação de 0,40%

325

Porto Alegre, 7 de julho de 2023 – O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) cai 0,40% em julho. O Termômetro CMA previa queda de 0,35%. No mês anterior, a taxa havia sido de -1,45%. Com este resultado, o índice acumula variação de -5,35% no ano e de -7,47% em 12 meses. Em julho de 2022, o índice havia caído 0,38% e acumulava elevação de 9,13% em 12 meses.

“Nesta apuração, commodities de peso, que por inúmeros meses registraram queda em seus preços, apresentaram reversão desse processo e registraram aumentos, reduzindo o ritmo de queda do IPA e sua influência sobre o IGP. Estas commodities ficaram entre as maiores influências positivas do índice ao produtor, dentre as quais vale destacar: soja (de -3,61% para 3,82%), minério de ferro (de -2,19% para 1,95%) e bovinos (de -5,70% para 1,71%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,61% em julho. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 2,13%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de -1,05% em junho para -1,11% em julho. O principal responsável pela desaceleração da taxa foi o subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de -0,15% para   -3,07%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,42% em julho, após variar -0,46% em junho.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -1,73% em junho para -0,60% em julho. O principal responsável pela queda menos intensa foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -5,28% para 1,24%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,88% em julho, ante queda de 1,16%, no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 0,08% em julho, contra queda de 3,71% em junho. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: soja em grão (-3,61% para 3,82%), minério de ferro (-2,19% para 1,95%) e bovinos (-5,70% para 1,71%). Em sentido oposto, vale citar os seguintes itens: mandioca/aipim (-2,80% para -7,48%), cana-de-açúcar (0,97% para 0,06%) e café em grão (-8,65% para -11,26%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,07% em julho, ante queda de 0,10% no mês passado. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (-1,14% para 1,07%), Educação, Leitura e Recreação (0,87% para 1,33%), Despesas Diversas (0,12% para 0,48%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,25%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (-0,29% para 4,08%), passagem aérea (4,77% para 6,20%), serviços bancários (0,00% para 0,63%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,39% para -0,04%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,23% para -1,06%), Vestuário (0,50% para -0,33%) e Comunicação (0,14% para 0,04%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (1,20% para -4,64%), roupas (0,57% para -0,40%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,10% para -0,03%).

As informações são da Fundação Getúlio Vargas.

Acompanhe a Agência Safras no nosso site. Siga-nos também no InstagramTwitter e SAFRAS TV e fique por dentro das principais notícias do agronegócio!

Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

Copyright 2023 – Grupo CMA