Preços de carne suína não sustentam reajustes de início do mês e recuam em julho

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Porto Alegre, 28 de julho de 2023 – O mês de julho deve ter queda predominante tanto do quilo vivo quanto dos principais cortes de carne suína no atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o mês registrou dois movimentos distintos, separados entre os períodos da primeira e segunda quinzena.

De acordo com Maia, os principais cortes do atacado, o quilo vivo e a carcaça subiram na primeira quinzena de julho. “Isso aconteceu por conta de uma melhor reposição entre atacado e varejo, com expectativa de boa demanda e ofertas mais justas, promovendo reajustes neste período”, explica.

Contudo, a partir da segunda quinzena, Maia pontua que os preços não conseguiram se sustentar. “Os frigoríficos retraíram na compra do quilo vivo e a reposição deu uma arrefecida. A carne de frango está com preços derretendo, e isso acaba pesando na escolha da população, ainda mais que a segunda quinzena é um período de descapitalização”, diz.

Por fim, o analista conclui que, diante deste cenário de pouca demanda observado na segunda quinzena, a reposição e frigoríficos também acabaram adotando a postura de retração nas movimentações do setor.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 1,58% no mês, passando de R$ 5,83 para R$ 5,73. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou em R$ 10,14, tendo retração de 0,07%. A carcaça teve valorização de 2,96%, passando de R$ 8,88 para R$ 9,14.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve baixa de R$ 122,00 para R$ 118,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o preço do quilo se manteve em R$ 5,20 e, no interior do estado, em R$ 5,95.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração continuou em R$ 5,20, enquanto no interior catarinense o recuo foi de R$ 5,85 para R$ 5,80. No Paraná, o avanço foi de R$ 5,90 para R$ 5,95 no mercado livre e na integração teve baixa de R$ 5,35 para R$ 5,25.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve diminuição de R$ 5,70 para R$ 5,60 e, na integração, o preço do quilo se manteve em R$ 5,10. Em Goiânia, o preço recuou de R$ 6,40 para R$ 6,10, no interior de Minas Gerais de R$ 6,80 para R$ 6,40 e no mercado independente de R$ 6,90 para R$ 6,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve retração de R$ 5,80 para R$ 5,60 e, na integração do estado, os preços seguiram em R$ 5,10.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 120,210 milhões em julho (15 dias úteis), com média diária de US$ 12,021 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 65,613 mil toneladas, com média diária de 4,374 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.498,90.

Em relação a julho de 2022, houve alta de 9,8% no valor médio diário, ganho de 4,6% na quantidade média diária e avanço de 5,0% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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