Reposição entre atacado e varejo perde força e preço do suíno recua no Brasil

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Porto Alegre, 21 de julho de 2023 – O mercado brasileiro de suínos interrompeu o movimento de alta nos preços ao longo da semana. O analista de SAFRAS & Mercado Allan Maia, disse que houve quedas tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes negociados no atacado. “O ambiente de negócios envolvendo o suíno vivo permanece acirrado no Centro-Sul do país, a exemplo de São Paulo, com os frigoríficos retraídos nas tratativas de compras, avaliando o nível de estoques e o fato da reposição entre o atacado e o varejo ter perdido força”, explica.

Maia afirma que o consumo na ponta final pode vir a ser afetado no curto prazo pela descapitalização das famílias e pelo quadro de fragilidade dos cortes do frango, concorrente direto, fator que influencia na tomada de decisão por parte da população.

Conforme o analista, o ponto positivo neste momento é que a exportação segue apresentando bom desempenho, o que ajuda a enxugar um pouco a disponibilidade doméstica. “Mas vale salientar que a produção brasileira de carne suína é elevada. A preocupação entre os suinocultores é grande, considerando que as margens ainda são ruins e o custo da nutrição animal pode subir um pouco no curto prazo”, sinaliza.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 1,92% na semana, passando de R$ 6,14 para R$ 6,02. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado baixou 2,39%, de R$ 10,76 para R$ 10,50. A média da carcaça caiu 1,29%, de R$ 9,66 para R$ 9,53.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve baixa de R$ 130,00 para R$ 129,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo se manteve em R$ 5,20 e no interior do estado registrou queda de R$ 6,25 para R$ 6,20.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração continuou em R$ 5,20. No interior catarinense, o quilo vivo retrocedeu de R$ 6,20 para R$ 6,15 e, no Paraná, de R$ 6,30 para R$ 6,20 no mercado livre. Na integração paranaense, a cotação teve estabilidade de R$ 5,35.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve desvalorização de R$ 6,16 para R$ 6,10. Na integração, os preços se mantiveram em R$ 5,10. Em Goiânia, o quilo vivo reduziu os preços de R$ 7,00 para R$ 6,60, no interior de Minas Gerais de R$ 7,30 para R$ 6,90 e no mercado independente, de R$ 7,40 para R$ 7,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis passou de R$ 6,30 para R$ 6,10 e, na integração do estado, seguiu em R$ 5,10.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 120,210 milhões em julho (10 dias úteis), com média diária de US$ 12,021 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 47,781 mil toneladas, com média diária de 4,778 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.515,90.

Em relação a julho de 2022, houve alta de 20,7% no valor médio diário, ganho de 14,2% na quantidade média diária e avanço de 5,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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