Porto Alegre, 21 de julho de 2023 – O mercado brasileiro de milho teve uma semana marcada por forte elevação nas cotações, seguindo o cenário externo bastante conturbado. Segundo a SAFRAS Consultoria, a saída da Rússia da iniciativa de grãos do Mar Negro, os bombardeios adotados pelo país na região do porto ucraniano de Odesa e às preocupações com o clima quente e seco previsto para o cinturão produtor norte-americano na segunda metade de julho, contribuíram para elevar os preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago.
As chuvas registradas em áreas produtoras de milho safrinha no começo da semana também ajudaram a travar a colheita da safrinha, fazendo com que os produtores brasileiros optassem por reduzir as fixações de oferta do cereal, levando os consumidores menos abastecidos a terem de pagar mais pelo cereal. A expectativa é de que os preços possam seguir subindo no Brasil caso o movimento de alta no cenário externo se mantenha no curto prazo.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 55,35, alta de 6,36% frente aos R$ 52,04 registrados na semana passada. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, subiu 3,77%, de R$ 53,00 para R$ 55,00. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 61,00, aumento de 7,96% frente aos R$ 56,50 da semana passada. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 57,00, avanço de 5,56% frente aos R$ 54,00 praticados na semana passada.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca subiu 10,26%, de R$ 39,00 para R$ 43,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço semanal avançou 1,61%, de R$ 62,00 para R$ 63,00 a saca na venda.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda na semana passou de R$ 47,00 para R$ 53,00 a saca, aumento de 12,77%. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda aumentou 8,7% de R$ 46,00 para R$ 50,00.
Exportações
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 289,658 milhões em julho (10 dias úteis), com média diária de US$ 28,965 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 1,178 milhão de toneladas, com média de 117,821 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 245,80.
Em relação a julho de 2022, houve baixa de 47,2% no valor médio diário da exportação, queda de 39,9% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 12% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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