Preços de suínos seguem avançando no Brasil, com oferta ajustada e demanda firme

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Porto Alegre, 7 de julho de 2023 – A semana foi marcada por novos reajustes nas cotações do quilo vivo suíno e dos cortes negociados no atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, a demanda por parte dos frigoríficos se mostra aquecida e o quadro de oferta ajustado, o que contribuiu para a alta de preços. “A reposição entre o atacado e o varejo também sinalizou avanços e, com a expectativa para a entrada dos salários na economia e as temperaturas mais amenas, a tendência segue positiva para o curto prazo”, avalia.

Maia destaca que a recuperação nos preços da carne bovina atua como um fator positivo para a melhora na demanda por carne suína, ainda que as cotações preços da carne de frango sigam baixas.

No que tange aos custos, os produtores, segundo Maia, seguem preocupados com os preços dos insumos, uma vez que a margem da atividade segue deteriorada, muito embora haja a expectativa de ingresso de maiores volumes de oferta de milho safrinha no segundo semestre, o que pode favorecer uma queda nos preços do cereal.

Nas exportações, Maia comenta que o resultado foi bastante positivo, com embarques totais sendo estimados entre 105 e 107 mil toneladas de carne suína. “A ressalva é de que com a desvalorização do Yuan e a valorização do real frente ao dólar, as exportações para este destino tendem a ser tornar mais onerosas, dificultando maiores aquisições”, conclui.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país avançou 3,25% na semana, passando de R$ 5,72 para R$ 5,90. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado aumentou 2,85%, de R$ 10,03 para R$ 10,31. A média da carcaça avançou 4,05%, de R$ 8,79 para R$ 9,15.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve alta de R$ 120,00 para R$ 122,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo se manteve em R$ 5,20 e no interior do estado registrou crescimento de R$ 5,80 para R$ 6,05.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração continuou em R$ 5,20. No interior catarinense, o quilo vivo progrediu de R$ 5,65 para R$ 5,95, no Paraná de R$ 5,80 para R$ 6,10 no mercado livre. Na integração, a cotação teve estabilidade de R$ 5,35.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve valorização de R$ 5,50 para R$ 5,80. Na integração, os preços se mantiveram em R$ 5,10. Em Goiânia, o quilo vivo elevou os preços de R$ 6,30 para R$ 6,50, no interior de Minas Gerais de R$ 6,50 para R$ 6,80 e no mercado independente de R$ 6,70 para R$ 7,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis passou de R$ 5,50 para R$ 5,80 e, na integração do estado, seguiu em R$ 5,10.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 248,327 milhões em junho (21 dias úteis), com média diária de US$ 11,825 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 97,139 mil toneladas, com média diária de 4,625 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.556,40.

Em relação a junho de 2022, houve alta de 22,5% no valor médio diário, ganho de 16,5% na quantidade média diária e avanço de 5,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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