Porto Alegre, 23 de junho de 2023 – O mercado brasileiro de trigo segue com poucos negócios no momento. Os agentes se mostram cautelosos, estudando as melhores opções de ação neste período de entressafra.
Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Bento, a tendência de queda dos preços parece ter cessado. No entanto, estes seguem pressionados pelo bom desenvolvimento da safra atual, pela retração do dólar e pela fraqueza nos referenciais internacionais. Assim, os moinhos, bem abastecidos, portanto sem necessidade de aquisições imediatas, parecem levar vantagem.
Por outro lado, os produtores vêm elevando suas pedidas no mercado interno, apesar da carência de argumentos fortes que baseiem esta postura de pouca flexibilidade de negociar em patamares menores. A presença de compradores internacionais e até mesmo do Nordeste no mercado gaúcho dá confiança aos vendedores.
“Para a safra nova, contudo, mantido o potencial de produção, com boa qualidade, não há como não pensar num cenário de acomodação das cotações em relação aos preços atuais”, analisou. Bento destacou o reporte de negócio a R$ 1.300/t FOB Rio Grande do Sul nesta quinta-feira. “Porém, ainda é cedo para dizer que os compradores estão adotando uma postura mais flexível”, disse.
Plantio
Enquanto isso, seguem os trabalhos de plantio no Brasil. Segundo a Companhia Nacional do Abastecimento, a semeadura atingia 60% da área nos sete principais estados produtores do país, até 20 de junho. Na semana anterior, eram 47%. Em igual momento do ano passado, pouco mais de 55%.
No Paraná, conforme o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura do estado, o plantio chegava a 83% até 20 de junho. O avanço intersemanal foi de apenas 1 ponto percentual devido Às chuvas da semana passada. Conforme levantado pela Agência SAFRAS, as condições climáticas são favoráveis ao desenvolvimento, de um modo geral
O plantio de trigo atingia 55% da área no Rio Grande do Sul, até 22 de junho. Segundo a Emater/RS, na semana passada, eram 50%. Em igual momento do ano passado, 57%. A média dos últimos cinco anos para o período é de 63%.
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Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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