Porto Alegre, 13 de junho de 2023 – – A segunda quinzena de maio manteve a trajetória crescente, com avanço da produção em relação ao ciclo anterior. Foram processadas 46,19 milhões de toneladas ante a 43,79 milhões da safra 2022/2023 – o que representa um avanço de 5,48%. No acumulado da safra 2023/2024, a moagem atingiu 125,38 milhões de toneladas, ante 107,38 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2022/2023 – um avanço de 16,76%.
O avanço constatado para o processamento de cana em relação à safra passada se deve à condição climática desfavorável que prejudicou a produtividade agrícola no Centro-Sul durante os dois ciclos anteriores de colheita. Uma comparação mais criteriosa, considerando a safra 2020/2021 como referência – o último ciclo em que a moagem de cana superou 600 milhões de toneladas – mostra uma variação negativa 13,81% ou, de forma absoluta, de 20,09 milhões de toneladas. Se a expectativa de superar a marca de 600 milhões vier a se concretizar, é necessário que tal defasagem seja compensada, seja por um bom ritmo de colheita nos meses mais secos – que tem sido colocado em xeque pelo advento do El Niño – seja por um prolongamento da safra que adentrará o mês de dezembro de 2023, ou antecipará o início do ciclo seguinte para março de 2024.
Na segunda metade de maio, seis unidades deram início à safra 2023/2024. Ao término da quinzena, permanecem em operação 245 unidades no Centro-Sul, sendo 231 unidades com processamento de cana-de-açúcar, sete empresas que fabricam etanol a partir do milho e sete usinas flex. No mesmo período, na safra 2022/2023, havia 252 unidades produtoras em atividade.
No que condiz à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na segunda quinzena de maio foi de 135,22 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 128,72 kg por tonelada na safra 2022/2023 – variação negativa de 5,06%. No acumulado da safra, o indicador marca o valor de 124,49 kg de ATR por tonelada (+1,89%).
Produção de açúcar e etanol
A produção de açúcar na segunda quinzena de maio totalizou 2,90 milhões de toneladas. Essa quantidade, quando comparada àquela registrada na safra 2022/2023 de 2,32 milhões de toneladas, representa um aumento de 25,16%. No acumulado desde 1º de abril, a fabricação do adoçante totaliza 6,97 milhões de toneladas, contra 5,06 milhões de toneladas do ciclo anterior (+37,70%).
Na segunda metade de maio, 2,08 bilhões de litros (+2,35%) de etanol foram fabricados pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total produzido, o etanol hidratado alcançou 1,18 bilhão de litros (-6,38%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 906,99 milhões de litros (+16,44%). No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de junho, a fabricação do biocombustível totalizou 5,77 bilhões de litros (+11,12%), sendo 3,39 bilhões de etanol hidratado (-5,17%) e 2,37 bilhões de anidro (+47,24%).
Do total de etanol obtido na segunda quinzena de maio, 10% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 210,64 milhões de litros neste ano, contra 156,79 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2022/2023 – aumento de 34,35%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 907,62 milhões de litros – avanço de 52,19% na comparação com igual período do ano passado.
As informações partem da assessoria de imprensa da Unica.
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Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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