Porto Alegre, 09 de junho de 2023 – A produção de café total do Brasil em 2023/24 (julho/junho) deverá chegar a 66,4 milhões de sacas de 60 quilos, contra 62,6 milhões de sacas de 60 quilos em 2022/23. A estimativa é do adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A produção de café arábica está estimada em 44,7 milhões de sacas em 2023/24, contra 39,8 milhões de sacas em 2022/23. Enquanto o café robusta é de 21,7 milhões de sacas de 60 quilos em 2023/24, contra 22,8 milhões de sacas de 60 quilos em 2022/23.
O aumento do arábica em 12% em relação à safra anterior é devido as condições climáticas favoráveis nas regiões de cultivo. Já o declínio na produção do robusta – 5% abaixo da safra anterior – é devido à queda de produtividade causada pelas condições climáticas no Espírito Santo.
Para o adido do USDA, o consumo total no país em 2023/24 deverá ficar em 22,560 milhões de sacas, contra 22,450 milhões de sacas em 2022/23. A área deve ficar em 2,510 milhões de hectares em 2023/24, contra 2,495 milhões de hectares em 2022/23.
As exportações totais do país deverão alcançar 45,350 milhões de sacas em 2023/24, contra 36,645 milhões de sacas em 2022/23. Já as importações devem ficar em 75 mil sacas em 2023/24, mesmo valor da temporada anterior. Os estoques finais de café da temporada 2023/24 no Brasil estão projetados em 2,685 milhões de sacas, no comparativo com 4,120 milhões de sacas em 2022/23.
Colheita Brasil
A colheita da safra brasileira de café 2023/24 atingiu 26% até o dia 06 de junho. É o que indica o levantamento semanal de SAFRAS & Mercado, mostrando avanço de 6 pontos percentuais em relação à semana passada, quando os trabalhos estavam em 20%. A colheita está adiantada em relação a igual período do ano passado (24%) e um pouco abaixo da média de 5 anos para o período (27%).
Assim, já foram colhidas 17,58 milhões de sacas de 60 quilos de uma safra total estimada por SAFRAS & Mercado de 66,65 milhões de sacas para 2023/24.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os trabalhos de colheita seguem em bom ritmo no Brasil, favorecidos pelo clima seco e impulsionados pela presença de boa parte dos produtores de arábica nas lavouras.
A colheita de arábica compreende 20% da safra, contra 17% em igual época do ano passado e 19% de média dos últimos 5 anos. Já os trabalhos com conilon chegam a 38% da safra, ficando acima dos 36% em igual época do ano passado, mas ainda abaixo dos 42% de média dos últimos 5 anos.
“Enquanto os trabalhos de colheita seguem mais acelerados, o beneficiamento anda lento e o produtor tem demorado mais para levar o produto à praça de negociação”, diz Barabach.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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