Mercado de milho deve encerrar semana com negócios inalterados no Brasil

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Porto Alegre, 9 de junho de 2023 – O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana de negociações inalteradas. Os consumidores seguem atuando de maneira comedida nas aquisições, avaliando que os produtores devem, em breve, elevar o volume de cereal ofertado por conta da colheita da safrinha e da falta de espaço nos armazéns. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em baixa. O dólar, por sua vez, tem queda frente ao real.

O mercado brasileiro de milho prosseguiu o dia sem grandes novidades com cotações estáveis na véspera do feriado. A postura dos consumidores segue inalterada nas negociações, adquirindo lotes pontuais apenas, com a avaliação que em breve o volume de oferta deve aumentar com colheitas. As questões de logística merecem atenção no decorrer das próximas semanas. A falta de espaço em armazéns é variável importante na tomada de decisão de venda dos produtores.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 63,00 (compra) a R$ 66,00 (venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 62,50/65,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 53,00/55,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 50,00/52,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 56,00/57,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 60,00/62,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 50,00/52,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 47,00/R$ 50,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 42,00/45,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em julho de 2023 operam cotados a US$ 6,08 por bushel, baixa de 4,25 centavos de dólar por bushel ou 0,69% em relação ao fechamento anterior.

* O mercado embolsa parte dos lucros obtidos na última sessão, na espera do relatório de oferta e demanda Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado às 13h de hoje (horário de Brasília). Até o momento, o contrato julho/23 acumula 0,2% de perdas semanais.

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em uma produção de 15,210 bilhões de bushels de milho em 2023/24, ficando abaixo dos 15,265 bilhões de bushels indicados em maio, mas acima dos 13,730 bilhões de bushels colhidos na temporada 2022/23. A produtividade média deve ficar em 181,2 bushels por acre, aquém dos 181,5 bushels por acre indicados em maio, mas acima dos 173,3 bushels por acre colhidos na safra 2022/23.

* Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 norte-americanos devem ser indicados em 2,22 bilhões de bushels, levemente abaixo dos 2,222 bilhões de bushels previstos em maio. Para a safra 2022/23, os estoques finais de passagem devem ser elevados de 1,417 bilhão de bushels para 1,446 bilhão de bushels.

* Para a safra global 2023/24, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 312,8 milhões de toneladas, um pouco aquém das 312,9 milhões de toneladas apontadas em maio. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2022/23 sejam apontados em 297,1 milhões de toneladas, inferior frente às das 297,4 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

* A safra de milho do Brasil 2022/23 deverá ser indicada em 130,8 milhões de toneladas, acima das 130 milhões de toneladas apontadas em maio. Já a safra da Argentina 2022/23 deve ser apontada em 35,5 milhões de toneladas, abaixo das 37 milhões de toneladas previstas no mês passado.

* Ontem (8), os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 6,10 1/4 por bushel, alta de 6,00 centavos de dólar, ou 0,99%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro fechou a sessão a US$ 5,28 1/2 por bushel, avanço de 5,50 centavos de dólar, ou 0,67%.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra queda de 0,30%, a R$ 4,9100. O Dollar Index registra desvalorização de 0,03% a 103,38 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia operaram com preços altos. Xangai, +0,55%. Tóquio, +1,97%.

* As principais bolsas na Europa operam com preços firmes. Paris, -0,28%. Frankfurt, -0,12%. Londres, -0,50%.

* O petróleo opera em alta. Julho do WTI em NY: US$ 71,31 o barril (+0,02%).

AGENDA

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

– Relatório de oferta e demanda mensal do USDA, as 13h.

– O Imea divulga relatório sobre a evolução das lavouras no Mato Grosso.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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