Porto Alegre, 7 de junho de 2023 – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio foi de 0,23%, ficando 0,38 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de abril (0,61%). O Termômetro CMA esperava alta de 0,32%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,94%, abaixo dos 4,18% observados nos 12 meses anteriores. Em maio de 2022 a variação havia sido de 0,47%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em maio, sendo o maior impacto (0,12 p.p.) e a maior variação (0,93%) de Saúde e cuidados pessoais. Na sequência, vieram Habitação (0,67%) e Despesas pessoais (0,64%), contribuindo com 0,10 p.p. e 0,07 p.p, respectivamente. Os preços de Transportes (-0,57%) e Artigos de residência (-0,23%) recuaram em maio. Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de Educação e o 0,47% de Vestuário.
Em Saúde e cuidados pessoais (0,93%), os destaques foram o plano de saúde (1,20%), os itens de higiene pessoal (1,13%), com destaque para a alta dos perfumes (3,56%), e os produtos farmacêuticos (0,89%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março.
No grupo Habitação (0,67%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio da taxa de água e esgoto (2,67%), devido a reajustes aplicados em seis áreas: Recife (10,79%), com reajuste de 11,20%, a partir de 28 de abril; São Paulo (6,17%), com reajuste de 9,56%, a partir de 10 de maio; Aracaju (4,60%) com reajuste de 4,92%, a partir de 1º de maio; Curitiba (3,44%), com reajuste de 8,20%, a partir de 17 de maio; Belém (0,54%), com reajuste de 8,33%, a partir de 28 de maio; e Goiânia (0,44%), com reajuste de 7,02%, a partir de 1º de abril.
A energia elétrica residencial (0,91% e 0,04 p.p.) também subiu, por conta de reajustes aplicados em seis áreas: Salvador (5,95%), com reajuste de 8,28%, a partir de 22 de abril; Recife (5,18%), com reajuste de 8,33%, a partir de 14 de maio; Fortaleza (3,71%), com reajuste de 4,85%, a partir de 22 de abril; Campo Grande (2,47%), com reajuste de 9,80%, a partir de 8 de abril; Belo Horizonte (1,48%), com reajuste de 14,69%, a partir de 28 de maio; e Aracaju (1,47%), com reajuste de 1,82%, a partir de 22 de abril.
Ainda em Habitação, a queda nos preços de gás encanado (-0,59%) decorre de reduções tarifárias de 3,05% em Curitiba (-2,85%) e de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,55%), ambas a partir de 1º de maio.
Em Despesas pessoais (0,64%), destaca-se a alta de 12,18% nos jogos de azar, após reajuste médio de 15,00% no valor das apostas, a partir de 30 de abril. Cinema, teatro e concertos (1,06%), alimento para animais (0,95%) e empregado doméstico (0,24%) também registraram alta em maio.
A desaceleração observada no grupo Alimentação e bebidas (de 0,71% para 0,16%) foi influenciada pela alimentação no domicílio, que passou de 0,73% em abril para uma estabilidade em maio. No lado das altas, os destaques foram o tomate (6,65%), o leite longa vida (2,37%) e o pão francês (1,40%). Por sua vez, houve queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de abril e 29 de maio de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de março a 28 de abril de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
As informações são do IBGE.
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Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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