Sicredi disponibiliza R$ 5 bilhões em crédito na Agrishow 2023

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Porto Alegre, 4 de maio de 2023 – O Sicredi disponibilizou R$ 5 bilhões em crédito rural durante a Agrishow. Conforme o diretor-executivo de crédito do banco, Gustavo Freitas, o primeiro dia de feira foi fraco em termos de negócios. “Os juros elevados desestimulam negócios imediatos. Mas desde a terça, o movimento vem aumentando”, disse.

Ele explicou algumas das “condições especiais” que são oferecidas durante o evento. Além de descontos para a adesão de consórcios para os associados e de parcerias com algumas revendas, o banco afirma praticar as melhores taxas possíveis, mas reconhece que no atual patamar de juros, é difícil a aquisição de crédito subsidiado.

Conforme o diretor das regiões de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, Gilson Farias, os negócios apalavrados nos primeiros dois dias da feira superam em 90% o mesmo período da edição anterior. Resta saber quantos destes serão convertidos em negócios fechados.

Crédito no Plano Safra 22/23

O Sicredi disponibilizou R$ 50,6 bilhões em crédito para o Plano Rural 2022/23, volume 33% superior ao ano anterior. Entre julho e março, foram liberados 36,4 bilhões, o que supera em 36,5% o mesmo período de 21/22. Desde abril, o valor liberado é R$ 8 bilhões maior do que igual momento de 2022. Por isso, Freitas acredita que o volume disponibilizado será todo convertido em negócios.

Carteira agro

A carteira de crédito total do Sicredi é de R$ R$ 177 bilhões, sendo o agronegócio responsável por mais de R$ 70 bilhões. Isso representa aproximadamente 39,5%. O banco é o segundo maior fornecedor de crédito rural, atrás apenas do Banco do Brasil.

Energia solar

A contratação de crédito para energia solar não acompanha a mesma proporção. Dos R$ 5,9 bilhões disponibilizados para a modalidade, apenas R$ 1,2 bilhão – cerca de 20% – são para clientes de agronegócio, “dentro da porteira”.

Associados do agro

O Sicredi tem 6,5 milhões de associados. Destes, 11% são do agronegócio. A maioria são de pequenos (85%) e médios (11%) produtores, os que mais sofrem com as altas taxas de juros. 

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Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS