Mercado interno do algodão tem negociações esporádicas e preços mais baixos

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algodão

     Porto Alegre, 14 de abril de 2023 – O mercado físico brasileiro de algodão teve uma semana em que o vendedor apareceu mais, enquanto a demanda seguiu mais curta, o que pressionou as cotações. A desvalorização forte do dólar frente ao real também trouxe perdas para a pluma do Brasil. As negociações foram esporádicas, com lotes pontuais, conforme a necessidade, informou a SAFRAS Consultoria.

     Na quinta-feira (13), a ideia da pluma colocada na indústria de São Paulo ficou cotada a R$ 4,55 por libra-peso, uma queda de 2,05% em relação à semana anterior, quando trocava de mãos a R$ 4,65 por libra-peso. Na comparação ao mesmo período de um mês atrás, quando estava cotada a R$ 4,98 por libra-peso, as perdas foram de 8,63%.

     Para o algodão posto no FOB exportação Porto de Santos/SP, o valor subiu para 90,80 centavos por libra-peso no dia 13, ante 90,56 centavos do dia anterior. Já o prêmio do algodão brasileiro na ICE US ficou indicado em +7,45 centavos por libra-peso.

USDA

     O relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a produção de algodão do país na temporada 2022/23 em 14,68 milhões de fardos, mesmo patamar do mês anterior. A safra 2021/22 ficou em 17,52 milhões de fardos.

     As exportações deverão ficar em 12,2 milhões de fardos em 2022/23, ante 12 milhões de fardos no mês anterior. O consumo interno foi previsto em 2,1 milhões de fardos para 2022/23, mesmo patamar do mês passado.

     Baseado nas estimativas de produção, exportação e consumo, os estoques finais norte-americanos foram previstos em 4,1 milhões de fardos para a temporada 2022/23, ante 4,3 milhões de fardos no mês anterior. Na temporada 2021/22, foram 3,75 milhões de fardos.

     O USDA estimou a produção global de algodão em 115,92 milhões de fardos, ante 115,09 milhões no mês anterior. Em 2021/22 ficou em 116,01 milhões de fardos.

     As exportações mundiais de algodão foram estimadas em 38,86 milhões de fardos para 2022/23, ante 39,6 milhões de fardos no relatório anterior. A estimativa para o consumo mundial é de 110,17 milhões de fardos, ante 110,11 milhões no mês anterior. Os estoques finais foram projetados em 92,01 milhões de fardos, ante 91,15 milhões de fardos projetados no mês passado. Na safra 2021/22, eram esperados 86,23 milhões de fardos.

     A expectativa é que a China colha 30,5 milhões de fardos na temporada 2022/23, ante 29,5 milhões de fardos no mês passado. A produção do Paquistão para 2022/23 foi prevista em 3,9 milhões de fardos, mesmo patamar do mês passado. O Brasil tem a safra 2022/23 estimada em 13 milhões de fardos, ante 13,3 milhões de fardos no relatório anterior.

     A produção indiana de algodão deve chegar a 24,5 milhões de fardos em 2022/23, mesmo valor em março. Os Estados Unidos deverão colher 14,68 milhões de fardos em 2022/23, mesmo patamar do mês passado.

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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