Preços do boi declinam na região Sudeste, com avanço nas escalas de abate dos frigoríficos

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Porto Alegre, 6 de abril de 2023 – O mercado físico do boi gordo apresentou um cenário de recuo nas cotações em praças da região Sudeste e de estabilidade em parte da região Centro-Oeste. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, houve um bom avanço nas escalas de abate dos frigoríficos que atuam no Sudeste, o que contribuiu para um natural movimento de queda nas cotações.

Iglesias explica que, no Centro-Norte do Brasil, o mercado ainda se apresenta mais sustentado e equilibrado, muito embora o viés seja de queda nas cotações da arroba para o médio prazo com a proximidade do período auge na oferta de boi gordo.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo ficou em R$ 285,00,00 no dia 5, contra R$ 300,00 no encerramento da última semana, recuando 5,00%. Em Dourados (MS), a arroba foi cotada a R$ 275,00 ante os R$ 280,00 da semana passada, baixa de 1,79%. Em Cuiabá (MT), a arroba ficou indicada em R$ 265,00, estável na comparação com a semana anterior. Em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 290,00 por arroba, desvalorização de 3,33% frente aos R$ 300,00 da última semana. Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 270,00 para a arroba do boi gordo a prazo, inalterada frente à semana anterior.

Preços dos cortes de traseiro reagem no atacado

No mercado atacadista, o cenário foi de melhora nas cotações dos cortes de traseiro, em meio à proximidade do período de recebimento de salários por parte da população e do feriado de Páscoa, o que favorece um aumento na demanda. O quilo avançou 0,75% ao longo da semana, de R$ 20,00 para R$ 20,15.

Já os cortes de dianteiro do boi não apresentaram alterações nos preços e seguiram negociados a R$ 14,30 o quilo.

Exportações de carne bovina confirmam enfraquecimento em março

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 598,788 milhões em março (23 dias úteis), com média diária de US$ 26,034 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 124,435 mil toneladas, com média diária de 5,410 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.812,10.

Em relação a março de 2022, houve perda de 42,6% no valor médio diário da exportação, queda de 29,6% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 18,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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