Frigoríficos têm cautela nos negócios, aguardando avanço do escoamento de suínos no atacado

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Porto Alegre, 10 de março de 2023 – A semana teve uma baixa generalizada no setor de suínos tanto no quilo vivo, como nos principais cortes do atacado. Os frigoríficos atuaram com cautela ao longo da semana, especialmente em relação a preços, aguardando o avanço do escoamento da carne no atacado, que ainda patina.

Segundo o Analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, diante deste quadro, mesmo com a sinalização de que não há excedente de oferta de animais por parte dos suinocultores, não houve espaço para melhores preços.

“A tendência é que o ambiente de negócios de suínos siga acirrado no curto prazo. A expectativa para o consumo na ponta final segue positiva nos próximos dias, devido a capitalização nas famílias, o que posteriormente deve ajudar na reposição”, ressaltou o analista.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 1,12% na semana, passando de R$ 6,85 para R$ 6,78. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado diminuiu de R$ 11,90 para R$ 11,72, desvalorização de 1,50%. A carcaça teve uma baixa de 1,51%, passando de R$ 10,79 para R$ 10,63.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba de suínos em São Paulo se manteve em R$ 145,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 5,60. No interior do estado, caiu de R$ 7,15 para R$ 7,05.

Em Santa Catarina o preço do quilo na integração teve estabilidade de R$ 5,60. No interior catarinense, a cotação recuou de R$ 7,15 para R$ 7,00. No Paraná o quilo vivo desvalorizou de R$ 7,20 para R$ 7,10 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,40.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve diminuição de R$ 6,95 para R$ 6,90 e na integração estabilidade de R$ 5,50. Em Goiânia, o preço caiu de R$ 7,80 para R$ 7,70. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno teve baixa de R$ 8,20 para R$ 8,00. No mercado independente o preço desvalorizou de R$ 8,40 para R$ 8,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 6,95 para R$ 6,90. Já na integração do estado, o quilo vivo continuou em R$ 5,50.

Exportações

Levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostra que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 78,6 mil toneladas em fevereiro, volume 10% superior ao registrado no segundo mês de 2022, com 71,5 mil toneladas.

Em receita, a alta comparativa chegou a 25,4%, com US$ 184,9 milhões em vendas em fevereiro de 2023, contra US$ 147,4 milhões no segundo mês do ano passado.

Já no primeiro bimestre, os embarques de carne suína acumularam elevação de 14,9%, com 167,9 mil toneladas neste ano, contra 146,1 mil toneladas em 2022.

Com isto, a receita em dólar obtida chegou a US$ 397,3 milhões, valor 28,9% maior que o efetivado no mesmo período do ano passado, com US$ 308,3 milhões.

Maior importadora da carne suína brasileira, a China foi destino de 73,1 mil toneladas no primeiro bimestre deste ano, superando em 37,8% os embarques registrados no mesmo período do ano passado. Em seguida estão Hong Kong, com 14,9 mil toneladas (+4,9%), e Chile, com 13,5 mil toneladas (+93,6%).

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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