Aumento na competitividade pela proteína sustenta margem do setor de frango

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Porto Alegre, 3 de março de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou preços mais altos para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados ao mês anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a melhora no preço dos cortes ajuda a indústria a melhorar sua margem, que apresenta deterioração nos últimos meses.

De acordo com Iglesias, o cenário de margens da atividade comprometidas segue pressionando o mercado, em consequência do elevado custo de nutrição animal.

Além da melhora nos preços de alguns cortes, negociados no atacado e distribuição, outro fator positivo é o aumento na competitividade do frango em relação às proteínas concorrentes. “É importante para justificar a recuperação ainda mais contundente dos preços”, destaca o analista.

Por fim, Iglesias ressalta que a Influenza Aviária próxima ao Brasil tem trazido impacto para o setor, uma vez que as autoridades brasileiras estão reforçando a fiscalização, diante do avanço da doença na América do Sul.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 667,090 milhões em fevereiro (18 dias úteis), com média diária de US$ 37,060 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 353,422 mil toneladas, com média diária de 19,634 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.887,50.

Em relação a fevereiro de 2022, houve alta de 20,2% no valor médio diário, ganho de 9,9% na quantidade média diária e avanço de 9,3% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito aumentou de R$ 6,80 para R$ 7,00, o quilo da coxa de R$ 6,50 para R$ 7,00 e o quilo da asa de R$ 10,80 para R$ 11,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 7,00 para R$ 7,20, o quilo da coxa de R$ 6,50 para R$ 7,00 e o quilo da asa de R$ 11,00 para R$ 11,70.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário no mês também teve alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve valorização de R$ 6,90 para R$ 7,10, o quilo da coxa de R$ 6,60 para R$ 7,10 e quilo da asa de R$ 10,90 para R$ 11,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve ganho de R$ 7,10 para R$ 7,30, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 7,30 e o quilo da asa teve de R$ 11,10 para R$ 11,80.

O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo se manteve em R$ 5,00 e em São Paulo em R$ 4,90.

Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,10, na integração do oeste do Paraná em R$ 5,00 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango teve estabilidade de R$ 5,05, em Goiás de R$ 5,00 e no Distrito Federal de R$ 5,00.

Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 5,50, no Ceará em R$ 5,50 e, no Pará, em R$ 5,60.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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