Governo de MS e União intensificam vigilância na fronteira com a Bolívia para prevenir gripe aviária

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Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2023 – O Governo de Mato Grosso do Sul, em conjunto com Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio da SFA/MS (Superintendência Federal de Agricultura de MS) vai disseminar informações sobre a Gripe Aviária (Influenza Aviária) e alertar produtores rurais e população em geral a fim de manter o Brasil como área livre da doença. Na América do Sul, países vizinhos já notificaram ocorrência da doença, o que levou o país e a Mato Grosso do Sula intensificar as medidas de prevenção.

Em reunião do GEASE-MS (Grupo Especial de Atenção à Suspeita de Enfermidades Emergenciais ou Exóticas de Mato Grosso do Sul) realizada na quarta-feira (15), na Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), foi definido que, além de campanha preventiva esclarecendo sobre a gravidade da gripe aviária e quais cuidados devem ser tomados, será reforçada e intensificada a fiscalização sanitária na região da fronteira do Estado com a Bolívia.

Participaram da reunião o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, que preside o GEASE/MS; o superintendente da SFA/MS, Celso Martins; o secretário adjunto, Ademar da Silva Júnior; o diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Sanidade Animal e Vegetal), Daniel Ingold; o diretor presidente da Agraer, Washington Willeman de Souza; o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Beretta; além de representantes da Secretaria de Segurança Pública e Vigilância Sanitária.

Foi definido que, a partir de quinta-feira (16), equipes de fiscais da Iagro vão intensificar a vigilância e fiscalização no Posto Esdras e no Buraco das Piranhas (Base da PMA), fazendo vistorias em todos os veículos, conforme o protocolo do Mapa e repassando orientações às pessoas sobre a gripe aviária e o que pode ser feito para evitar a disseminação da doença.

“Teremos dois pontos de controle com as equipes da Iagro, que devem sair hoje rumo a Corumbá e região. Pedimos apoio policial às equipes de fiscalização e será seguido o um protocolo de vistoria e fiscalização, já estabelecido pelo Mapa. A notificação de foco da doença em Cochabamba, na Bolívia, acendeu a luz de alerta para todo o nosso país”, comentou o secretário Jaime Verruck.

O superintendente da SFA/MS, Celso Martins, lembra que “o Brasil ainda é reconhecido internacionalmente como área livre de gripe aviária, mas desde o ano passado tem surgido focos em áreas distantes. Fomos cercados pela presença da doença na Venezuela, Colômbia, Bolívia. Para mantermos esse status é necessário informar corretamente os produtores rurais e a população em geral sobre a doença e intensificar a fiscalização para barrar a entrada de aves. Por isso nos reunimos, para estabelecer medidas de curto prazo emergenciais e fazer todos os esforços necessários nas áreas de vigilância sanitária e segurança pública”.

Sobre a doença

Apesar de ser exótica em território nacional, a influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) tem preocupado o mundo por ser uma doença viral altamente contagiosa e fatal que afeta aves domésticas e silvestres com graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas. A IAAP também pode ser transmitida para humanos, no entanto, não é uma doença transmitida pela carne de aves e nem pelo consumo de ovos.

De acordo com o Mapa, o período de maior migração de aves do Hemisfério Norte para a América do Sul vai de novembro a abril. Por isso, neste momento, o trabalho que vem sendo realizado é o aumento das ações de vigilância pelo serviço veterinário oficial e órgãos ambientais e o reforço das medidas de biosseguridade nas granjas pelos produtores, com o objetivo de detectar rapidamente o eventual ingresso da doença no país e mitigar os riscos de sua disseminação.

Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), esta temporada de ocorrência da IAAP continua com surtos em aves de produção e em outras aves, principalmente nas regiões da Europa e Américas. A recomendação é que se mantenham os esforços de vigilância e as medidas de biosseguridade nas granjas, visando evitar o contato direto e indireto de aves domésticas com aves silvestres, principalmente as migratórias aquáticas.

Até o momento, nenhum caso de gripe aviária foi confirmado no Brasil. A orientação do governo federal é de que produtores rurais, técnicos agrícolas e criadores fiquem alertas para as aves com sinais respiratórios, nervosos, digestivos ou alta mortalidade, inclusive em aves de vida livre.

Nesses casos, avise imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial de sua cidade ou pela internet na plataforma e-Sisbravet. As informações partem da assessoria de imprensa da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro/MS).

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Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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