Diante de oferta mais curta, preço interno do algodão apresenta melhora

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     Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2023 – O mercado físico brasileiro de algodão andou descolado dos referenciais externos ao longo desta semana. Enquanto as cotações da pluma na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tiveram uma desvalorização de 0,20% em relação à quinta-feira passada (2), houve uma melhora no preço interno diante da oferta mais curta, informou a SAFRAS Consultoria.

     Em Rondonópolis, no Mato Grosso, a ideia do preço pago pela pluma ficou em torno de R$ 5,15 por libra-peso, correspondendo a ganhos de 0,54% em relação à semana anterior quando era cotada a R$ 5,13 por libra-peso. Porém, a pluma ficou mais barata em relação ao mesmo período de janeiro, quando era R$ 5,17 por libra-peso (-0,39%).

     No flat price dentro do contêiner no FOB exportação Porto de Santos/SP, o produto brasileiro caiu a 99,12 centavos de dólar por libra-peso, enquanto na véspera estava indicado a 100,52 centavos de dólar – a desvalorização foi de 1,40%. O produto nacional também está mais baixo comparado ao mesmo momento do mês de janeiro, quando era cotado a 100,95 centavos de dólar, queda de 1,81%. Essas perdas acabaram refletindo no prêmio pago pelo algodão brasileiro, que caiu para +13,18 centavos por libra-peso contra ICE US, ante +15,52 centavos por libra-peso da semana anterior.

     A indústria doméstica seguiu na retranca, trabalhando da mão para boca. Os preços da pluma chegaram na casa de R$ 5,30 por libra-peso colocada na fábrica em São Paulo sem ICMS. Isso corresponde a uma alta de 0,57% em comparação com a semana anterior.

USDA

     O relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a produção de algodão do país na temporada 2022/23 em 14,68 milhões de fardos, mesmo patamar do mês anterior. A safra 2021/22 ficou em 17,52 milhões de fardos.

     As exportações deverão ficar em 12 milhões de fardos em 2022/23, mesmo valor do mês anterior. O consumo interno foi previsto em 2,1 milhões de fardos para 2022/23, ante 2,2 milhões de fardos no mês passado.

     Baseado nas estimativas de produção, exportação e consumo, os estoques finais norte-americanos foram previstos em 4,3 milhões de fardos para a temporada 2022/23, ante 4,2 milhões no mês anterior. Na temporada 2021/22, foram 3,75 milhões de fardos.

     O USDA estimou a produção global de algodão em 114,37 milhões de fardos, ante 115,4 milhões no mês anterior. Em 2021/22 ficou em 111,49 milhões de fardos.

     As exportações mundiais de algodão foram estimadas em 40,38 milhões de fardos para 2022/23, ante 41,66 milhões no relatório anterior. A estimativa para o consumo mundial é de 110,66 milhões de fardos, ante 110,85 milhões no mês anterior. Os estoques finais foram projetados em 89,08 milhões de fardos, ante 89,93 milhões de fardos projetados no mês passado. Na safra 2021/22, eram esperados 86,7 milhões de fardos.

     A expectativa é que a China colha 28,5 milhões de fardos na temporada 2022/23, ante 28 milhões de fardos no mês passado. A produção do Paquistão para 2022/23 foi prevista em 3,9 milhões de fardos, ante 3,7 milhões de fardos no mês passado. O Brasil tem a safra 2022/23 estimada em 13,3 milhões de fardos, mesmo patamar do relatório anterior.

     A produção indiana de algodão deve chegar a 25,5 milhões de fardos em 2022/23, ante 26,5 milhões de fardos em janeiro. Os Estados Unidos deverão colher 14,68 milhões de fardos em 2022/23, mesmo patamar do mês passado.

Acompanhe mais sobre o mercado de algodão.

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     Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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