IGP-10 tem inflação de 0,36% em dezembro

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Porto Alegre, 15 de dezembro de 2022 – O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) varia 0,36% em dezembro. No mês anterior, o índice havia registrado variação de -0,59%. De janeiro a dezembro de 2022, o índice acumulou alta de 6,08%. Em dezembro de 2021, o índice caíra 0,14% no mês e acumulava elevação de 17,30% em 12 meses.

“Após quatro quedas consecutivas, a inflação ao produtor acelera e encerra o ciclo de taxas negativas do IGP-10. A principal contribuição partiu do minério de ferro, cujos preços avançaram 12,08%, ante queda de 9,69%, em novembro. Ainda ao produtor, os preços das carnes bovinas (de 0,10% para 1,72%) e do feijão (de -2,79% para 10,56%) também ajudam a compreender a aceleração registrada pelo IPA”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,31% em dezembro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,98%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 0,23% em novembro para 0,30% em dezembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,08% para 0,52%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,35% em dezembro. No mês anterior, a taxa foi de 0,15%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,01% em novembro para -0,40% em dezembro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,58% para 0,12%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,36% em dezembro, após variar 0,07% no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -3,17% em novembro para 1,12% em dezembro. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-9,69% para 12,08%), café em grão (-16,30% para -8,37%) e algodão em caroço (-10,75% para 1,50%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (0,63% para -0,14%), laranja (8,78% para 0,66%) e mandioca/aipim (6,82% para 2,62%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,58% em dezembro. Em novembro, o índice variara 0,67%. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (1,81% para -0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,98% para 0,58%) e Vestuário (0,93% para 0,35%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (7,96% para -2,36%), artigos de higiene e cuidado pessoal (2,01% para 0,51%) e calçados (0,95% para -0,03%).

Em contrapartida, os grupos Transportes (0,47% para 0,85%), Alimentação (0,79% para 1,12%), Comunicação (-0,62% para 0,11%), Habitação (0,33% para 0,46%) e Despesas Diversas (0,12% para 0,49%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: gasolina (0,56% para 1,82%), hortaliças e legumes (9,73% para 11,79%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-1,13% para 0,26%), tarifa de eletricidade residencial (-0,15% para 1,58%) e serviços bancários (0,09% para 0,76%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,36% em dezembro. No mês anterior a taxa foi de 0,19%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de novembro para dezembro Materiais e Equipamentos (-0,10% para 0,27%), Serviços (0,43% para 0,35%) e Mão de Obra (0,40% para 0,44%). As informações são da Fundação Getúlio Vargas.

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     Revisão: Rodrigo Ramos / Agência SAFRAS

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