Porto Alegre, 11 de novembro de 2022 – O mercado brasileiro de milho registrou bastante volatilidade ao longo da semana, o que prejudicou, mais uma vez, o ritmo de negócios. Segundo a SAFRAS Consultoria, até o meio da semana apareceram melhores ofertas por parte dos produtores, por conta do cenário negativo no mercado internacional de milho, o que levou a baixas também na paridade de exportação.
Na quinta-feira (10), porém, os produtores voltaram a reduzir as intenções de venda do cereal, por conta da forte disparada do dólar frente ao real, o que fez com que os preços reagissem nos portos e, também, no cenário doméstico. Mesmo assim os preços do milho se desvalorizaram durante a semana. Esse cenário de volatilidade nas cotações acabou mantendo os consumidores distantes dos negócios.
Segundo a SAFRAS Consultoria, os focos do mercado no curto prazo seguirão voltados ao ritmo de exportação dos Estados Unidos, que segue bastante fraco, ao quadro climático na Argentina, que voltou a receber chuvas nessa semana e ao impasse envolvendo a continuidade ou não do acordo de corredor de grãos na região do Mar Negro.
Por outro lado, os line-ups, a nomeação de embarques dos portos brasileiros, segue bastante positiva. O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 6,089 milhões de toneladas de milho em novembro, conforme levantamento de SAFRAS & Mercado. Desse total, 1,079 milhão de toneladas já foram embarcadas. Para dezembro, estão programados embarques de 65 mil toneladas. No acumulado de fevereiro/22 a dezembro/22, a programação de embarques até agora aponta volumes de 36,340 milhões de toneladas de milho.
No mercado brasileiro, mesmo com a reação observada ontem (10), o valor médio da saca de 60 quilos de milho teve uma variação negativa na semana de 0,68%, sendo vendida por R$ 84,48, contra os R$ 85,06 verificados na semana passada. O preço da saca de milho em Campinas/CIF, disponível ao produtor, foi cotado a R$ 90,50, queda de 0,55% ante os R$ 91,00 da última semana. Na região Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 84,00 a saca, baixa de 4,55% frente aos R$ 88,00 da última semana. Em Santos a saca passou de R$ 91,00 para R$ 90,50, retração de 0,55%.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço seguiu em R$ 86,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação subiu 1,32%, de R$ 76,00 para R$ 77,00 a saca. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço semanal caiu 1,05%, de R$ 95,00 para R$ 94,00.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda baixou 1,25%, de R$ 80,00 para R$ 79,00. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda retrocedeu 3,75%, de R$ 80,00 para R$ 77,00 a saca.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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