Preços do suíno voltam a cair no Brasil com bloqueio de rodovias travando negócios

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Porto Alegre, 4 de novembro de 2022 – A primeira semana de novembro foi bastante difícil para o mercado de suínos brasileiro em termos de negócios, com os bloqueios registrados nas rodovias federais de domingo (30) até quinta-feira (3). “Tal condição impactou os preços do quilo vivo e dos principais cortes negociados no atacado”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

Ele destaca que os frigoríficos atuaram de maneira comedida nas negociações envolvendo o quilo vivo e especialmente em relação aos preços, aguardando avanços no consumo e na reposição entre atacado e varejo. “A questão logística deve se normalizar no decorrer dos próximos dias e, como fatores como a entrada da massa salarial e do décimo terceiro salário na economia, a copa do mundo e as festividades de final de ano devem favorecer o consumo no último bimestre do ano”, sinaliza.

Maia alerta, contudo, que a partir de dezembro o suíno pode encontrar dificuldade para reajustes consistentes, com indústrias e varejistas já posicionadas em relação a estoques. “A situação do boi gordo merece atenção, considerando que o seu quadro de fragilidade pode trazer efeitos negativos para o suíno, pelo fato dela ser uma proteína substituta”, pontua.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 1,65% na semana, passando de R$ 6,48 para R$ 6,38. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado baixou 1,49%, de R$ 10,57 para R$ 10,41. A carcaça teve queda de 1,53% na semana, passando de R$ 10,23 para R$ 10,08.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo baixou de R$ 141,00 para R$ 135,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,50. No interior do estado a cotação mudou de R$ 6,80 para R$ 6,55.

Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 5,60. No interior catarinense, a cotação caiu de R$ 6,80 para R$ 6,65. No Paraná o quilo vivo retrocedeu de R$ 6,75 para R$ 6,65 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,30.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve queda de R$ 6,50 para R$ 6,35, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,50. Em Goiânia, o preço passou de R$ 7,10 para R$ 6,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno caiu de R$ 7,30 para R$ 7,20. No mercado independente o preço recuou de R$ 7,50 para R$ 7,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve queda de R$ 6,45 para R$ 6,30. Já na integração do estado o quilo vivo continuou em R$ 5,50.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 223,010 milhões em outubro (19 dias úteis), com média diária de US$ 11,737 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 90,157 mil toneladas, com média diária de 4,745 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.473,60.

Em relação a outubro de 2021, houve alta de 15,5% no valor médio diário, ganho de 7,0% na quantidade média diária e avanço de 7,9% no preço médio. Os dados são do Ministério da Economia e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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