Porto Alegre, 4 de novembro de 2022 – O mercado brasileiro de frango começa a primeira semana de novembro registrando preços mistos para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, há otimismo na recuperação de preços no último bimestre de 2022, por conta do aumento de consumo neste período do ano.
No quilo vivo, os preços se mantiveram em todos estados. A recuperação de preços ainda segue difícil, por conta do ingresso de maiores ofertas resultados de um alojamento de pintos elevado em agosto, que impossibilitou um avanço nas cotações e foi determinante para a queda do mercado.
Iglesias sinaliza que os custos da nutrição animal ainda exercem pressão sobre a margem da atividade, em consequência dos preços elevados do milho e do farelo de soja. Para o último bimestre, o analista destaca que há otimismo na recuperação dos preços, por conta do aumento de consumo neste período do ano.
Por outro lado, os embarques de carne de frango seguem positivos, oferecendo uma boa rentabilidade média às indústrias. A receita das exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram US$ 822,6 milhões em outubro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é 15% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 715,2 milhões. O volume embarcado no décimo mês do ano alcançou 394 mil toneladas, desempenho 0,8% menor que o registrado em outubro de 2021, com 397,1 mil toneladas.
No acumulado do ano, a receita das exportações de carne de frango alcançou US$ 8,195 bilhões, desempenho 29,3% maior que o registrado entre janeiro e outubro de 2021, com US$ 6,339 bilhões. Em volume, os embarques registrados nos dez primeiros meses de 2022 chegaram a 4,060 milhões de toneladas, volume 5,1% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior, com 3,864 milhões de toneladas.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito baixou de R$ 9,60 para R$ 9,35, o quilo da coxa de R$ 8,00 para R$ 7,60 e o quilo da asa aumentou de R$ 11,30 para R$ 11,70. Na distribuição, o preço do quilo do peito caiu de R$ 9,80 para R$ 9,50, o quilo da coxa de R$ 8,20 para R$ 7,80 e o quilo da asa avançou de R$ 11,60 para R$ 11,90.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário no mês também foi de alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito baixou de R$ 9,70 para R$ 9,45, o quilo da coxa de R$ 8,10 para R$ 7,70 e quilo da asa aumentou de R$ 11,40 para R$ 11,80. Na distribuição, o preço do quilo do peito diminuiu de R$ 9,90 para R$ 9,60, o quilo da coxa de R$ 8,30 para R$ 7,90 e o quilo da asa subiu de R$ 11,70 para R$ 12,00.
O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo teve estabilidade em R$ 5,20 e em São Paulo de R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango se manteve em R$ 4,30 e na integração do oeste do Paraná em R$ 5,25. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango continuou em R$ 5,15, em Goiás em R$ 5,15 e no Distrito Federal em R$ 5,20.
Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,90.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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