Outubro tem preços firmes para arroz e novembro deve ter melhor movimentação

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Porto Alegre, 28 de outubro de 2022 – O mercado brasileiro de arroz mostrou preços firmes no mês de outubro. Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do cereal em casca encerrou o dia 27 de outubro cotada a R$ 79,41, um avanço de 1,23% em relação a semana passada. Frente ao mesmo período do mês anterior, tinha alta de 4,15%. Quando comparado ao mesmo período do ano de 2021, estava 16,08% mais alto.

Conforme o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, a expectativa dos agentes se volta para as próximas semanas, onde uma injeção de liquidez na economia deve resultar em uma maior procura pelo cereal beneficiado e novas reposições são aguardadas nas principais redes varejistas/atacadistas. “Enquanto isso, pouca alteração tem sido percebida nas gôndolas, com muito arroz branco, Tipo 1, sendo encontrado na faixa entre R$ 14,00 e R$ 16,00 o pacote de 5kg para marcas mais comerciais”, acrescenta.

Segundo a Emater, o plantio de arroz atinge 58% da área no Rio Grande do Sul. Na semana passada, eram 47%. Em igual período do ano passado, 60%. A média para os últimos cinco anos é de 56%. A área estimada de arroz pelo IRGA é de 862.498 hectares. A produtividade média esperada é de 8.226 kg/ha, perfazendo uma produção de 7.094.909 toneladas.

Destaque internacional para o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), que estimou a produção de arroz em casca da Argentina em 1,269 milhão de toneladas em 2022/23, ante 1,251 milhão na temporada anterior. A área total cultivada com o cereal deve atingir 181 mil hectares, ante 177 mil em 2021/22.

Conforme o adido, os produtores estão se preparando para o terceiro La Niña seguido, que normalmente resulta em condições secas para a Argentina. Os níveis de água dos reservatórios na província de Corrientes, a maior região produtora, estão significativamente abaixo do normal.

Levando como base o arroz beneficiado, a produção deve somar em 825 mil toneladas em 2022/23. O consumo total deve somar 465 mil toneladas beneficiadas em 2022/23, ante 460 mil toneladas no ano anterior. As exportações devem somar 370 mil toneladas, mesmo nível da temporada anterior. Os estoques finais devem cair de 94 mil para 86 mil toneladas.

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     Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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