Porto Alegre, 7 de outubro de 2022 – A primeira semana de negócios de outubro se mostrou bastante travada no Brasil para o milho. Os preços caíram, mas os consumidores se mostraram ainda muito retraídos nas aquisições de milho, apostando em quedas maiores nas cotações no curto prazo, diante do movimento de baixa do câmbio, dos preços futuros e a paridade de exportação.
Segundo informações da SAFRAS Consultoria, após o primeiro turno das eleições no Brasil, tanto o câmbio como as indicações de preços nos portos cederam, enfraquecendo o ritmo de negócios voltados à exportação. O plantio da safra de verão também evolui bem em vários estados, conferindo uma pressão adicional nas cotações.
O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, indicou que poderão ser exportadas 4,754 milhões de toneladas de milho em outubro, conforme levantamento de SAFRAS & Mercado. O volume embarcado no mês soma 892,7 mil toneladas. Para novembro o line-up projeta embarques de 130 mil toneladas de milho. No acumulado de fevereiro/22 a novembro/22, a programação de embarques até agora aponta volumes de 29,007 milhões de toneladas de milho.
No mercado brasileiro, o valor médio da saca de 60 quilos de milho teve uma variação negativa de 1,20%, sendo vendida por R$ 83,71, contra os R$ 84,72 verificados na semana passada. O preço da saca de milho em Campinas/CIF, disponível ao produtor, foi cotado a R$ 87,00, baixa de 1,14% ante os R$ 88,00 praticados na semana passada. Na região Mogiana paulista, o cereal caiu 1,18% ao longo da semana, de R$ 85,00 para R$ 84,00 a saca.
Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço baixou 2,33%, de R$ 86,00 para R$ 84,00 a saca. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação retrocedeu 1,3%, de R$ 77,00 para R$ 76,00 a saca. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço mensal permaneceu em R$ 95,00.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda na semana continuou em R$ 80,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda se manteve em R$ 80,00 a saca.
CONAB
A produção brasileira de milho deverá totalizar 126,941 milhões de toneladas na temporada 2022/23, com avanço de 12,5% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 112,805 milhões de toneladas. A projeção faz parte do primeiro levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A Conab trabalha com uma área de 22,407 milhões de hectares, com alta de 3,8% sobre o ano anterior, de 21,591 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 5.665 quilos por hectare, com ganho de 8,4% sobre a temporada anterior, de 5.225 quilos por hectare.
A primeira safra de milho deverá totalizar produção de 28,692 milhões de toneladas, com alta de 14,6% sobre a temporada anterior, quando foram colhidas 25,026 milhões de toneladas.
A segunda safra, ou safrinha, está estimada em 96,276 milhões de toneladas, 12,4% acima das 85,622 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A terceira safra está estimada em 1,972 milhão de toneladas, queda de 8,5% sobre a temporada anterior, de 2,156 milhões de toneladas.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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