Porto Alegre, 30 de setembro de 2022 – Nesta manhã (29), iniciou o evento AgroForum 2022, que recebeu o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, e o CEO da Agropalma, Beny Fiterman. A conversa foi mediada pela Sócia da BTG Pactual, Mariana Oiticica.
O painel abordou como tema o “Crescimento Sustentável do Agronegócio no Brasil”, onde foram questionados como enxergavam a sustentabilidade, como um risco ou um bom negócio.
O CEO da Raízen afirma que não pratica a sustentabilidade por vocação, mas porque de fato é um bom negócio. Além disso, ele fala que a empresa é produtora de bioenergia e eles trabalham em questões de olhar os combustíveis avançados e 85% do que produzem é exportado.
Para Gilberto Tomazoni, a JBS está abordando a sustentabilidade como uma oportunidade para incorporar nos seus negócios. O foco é dar mais vida aos recursos naturais, aumentar a produtividade do processo e reduzir desperdícios, ajudando assim na redução do gás carbônico. Ele ainda afirma que produzem biodiesel utilizando resíduos e que para o agronegócio é a melhor oportunidade.
Já Beny Fiterman diz que a empresa nasceu sustentável, onde ela é composta de uma fazenda de 40 mil hectares de plantação de palma, além de estar em quarto lugar no mundo em sustentabilidade. Benny ainda afirma que a questão não é apenas o dinheiro.
Sobre as tecnologias em que estariam investindo para que no futuro possam fazer a diferença, Tomazoni conta que construíram 11 torres no meio da floresta com câmeras para detectar precocemente focos de incêndios para que consigam intervir antes que o fogo ocorra.
Já Fiterman contou sobre a tecnologia que eles imaginam na frente, sendo um programa de clonagem, onde esperam produzir 3 milhões de mudas em 2025. Segundo o CEO, a clonagem possibilita produzir muito mais e consumir menos fertilizantes.
Em relação à cadeia de produtores e como eles têm sido capacitados, o CEO da JBS afirma que a questão do desmatamento ilegal não é mais aceita por eles e ainda pontuou que monitoram 90 mil quilômetros quadrados por satélite e que já bloquearam 15 mil fornecedores que desmataram de forma ilegal.
Para finalizar a conversa, o CEO da JBS pontuou que o agro tem que abraçar a causa e acelerar esse processo.
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Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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